Uma viagem inesquecível, o encontro da família Sarmento em João Pessoa
Nazaré Sarmento Barbosa
Até um tempo atrás imaginávamos pegar nosso carro e sair por aí, mundo
afora, despreocupadamente, mas nunca imaginamos que isso aconteceria assim, de
uma hora para outra, na doida, mas eu então me envolvi nessa empleitada de
descobrir a árvore genealógica da família Sarmento, levada que fui por um
sobrinho que já se engajara na tarefa liderada pelo primo Edward Sarmento, lá
de São Paulo.
Eles, inclusive, já haviam
promovido um primeiro encontro nacional dos Sarmento em Maceió (AL). A ideia me
deixou empolgada, fui me envolvendo, me entusiasmando e então organizaram um
segundo encontro nacional, agora em João Pessoa (PB) e aqui começa a minha
história de uma viagem doida mas fantástica com o Roberto, meu marido, meu
parceiro igualmente doido.
A princípio, o encontro seria em janeiro, mas a data foi ajustada várias
vezes e acabou mesmo marcada em definitivo para 10 de agosto de 2019.
A gente pensava ir de avião, mas, de avião, não se vê nada, não se aproveita nada. Como coincidiu com nossas férias, meti corda e o Roberto topou de irmos em nosso Chevolett Classic executivo preto.
A gente pensava ir de avião, mas, de avião, não se vê nada, não se aproveita nada. Como coincidiu com nossas férias, meti corda e o Roberto topou de irmos em nosso Chevolett Classic executivo preto.
Dinheiro não tinha, mas temos o "cartão palavra". Conseguimos
os recursos, fizemos a necessária revisão no carro e partimos para uma viagem
de 2066 quilômetros de Belém a João Pessoa sem GPS, nos informando dos caminhos
à moda antiga do "quem tem boca vai a Roma" que ainda funciona
perfeitamente. O Roberto disse garantir chegar a Picos (PI), ponto X para
seguir rumo à Paraiba.
Logicamente que paramos dezenas de vezes para o cafezinho 0800 nos nos
postos, abastecimento, alimentação, bate-papo pra não cochilar na direção, além
de duas noites dormindo em Bacabal - nada legal, e em Campo Grande do Piauí,
bem legal, bem frio e de onde saímos para só parar em João Pessoa, nosso
destino final ou seja 802,6 km a rodar.
Deram-nos duas rotas: por Salgueiro (PE), e pelo Crato (CE), por onde
passaríamos por Juazeiro do Norte e vários outros lugares. Escolhemos esta
segunda opção que é mais longa, mais segura e emocionante, pois tem mais o que
se ver, se sobe serras, enfrenta-se a força magnética que nos põe em pânico a
pensar que o carro vai pregar ali.
Saimos de Belém na quarta-feira 7, prevíamos chegar a João Pessoa no
começo da tarde de sexta-feira 9, mas não foi bem assim. É longe demais, se
trafega quase 500 km de estrada esburacada no Maranhão e, enfim, só chegamos ao
destino por volta das 23h da sexta.
Entramos em João Pessoa sem conhecer nada, ninguém e de noite. Mas como
estávamos com Deus, os caminhos se abriram e o Roberto dirigiu pelas ruas de
João Pessoa como se conhecesse a cidade.
Fomos parar em Cabedelo, na zona metropolitana, recebidos pela Rosângela
e o Perquer, casal simpático e maravilhoso daqui de Belém e seus irmãos Lene,
Meire e Ronaldo, filhos adotivos do Jorge, o Chiquinho da Polícia Civil do
Pará. Eles nos acolheram durante três maravilhosos dias.
E no sábado, lá estávamos no Hotel Litoral da Praia do Cabo Branco, onde
se realizou o II ENCONTRO NACIONAL DA FAMÍLIA, ao lado de dezenas de primos de
João Pessoa, Souza, Recife, Maceió e Belém, entre outras cidades.
Fomos tão bem recebidos,
verdadeiramente primos, família. O Roberto e vários outros participantes
ligados à família viraram Sarmento por afinidade. Não é maravilhoso?
Houve palestras interessantes, falou-se sobre as possibilidades de
origem da família, linhagem, atividades realizadas pelos Sarmento em toda
parte; nós daqui apresentamos um pouco da nossa cultura, nossa origem em Vigia
de Nazaré, a ida ao Círio da Vigia com meu pai num "pau de arara"
todos os anos, cantamos Vós sois o lírio mimoso e ofertamos uma imagem decorada
de Nossa Senhora de Nazaré para a coordenação local do encontro e que está sob
os cuidados da Maria do Céu.
Realmente um encontro marcante e uma família fantástica.
Não tenho como citar a todos aqui, mas recordo da Maria do Céu, do
Otávio, do nosso médico cantor de grande voz, Lourdes, Tereza, as meninas de
Maceió e Recife...
Havia profissionais de todas as áreas, parecia que todos nós nos
conhecíamos, uma verdadeira reunião de família que ainda apresenta dotes
artísticos, religiosidade, desprendimento, caridade. Fica neste relato o gosto
de saudade, do quero mais e da vontade de participar dos encontros regionais em
Souza e já nos movimentamos por aqui para, quem sabe, organizar nosso encontro
aqui no Estado do Pará.
Todos nós, Sarmento, estamos orgulhosos de mais esse encontro ocorrido
em Cabo Branco de João Pessoa.
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