Morre Vanusa aos 73, no dia em que Antonio Marcos completaria 75 anos
Morreu na manhã deste domingo em uma casa de repouso em Santos, São Paulo, a cantora da música “Manhãs de Setembro” e Paralelas, Vanusa. Os informes são do portal G1.
Um enfermeiro do local, onde a artista morava há dois
anos, percebeu que ela estava sem batimentos cardíacos, por volta das 5h30. Uma
equipe da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi acionada e constatou que a
causa da morte foi uma insuficiência respiratória.
Segundo funcionários da casa de repouso, Vanusa recebeu a
visita de Amanda, sua filha mais velha, ontem, sábado (7). Ela cantou, brincou,
riu e se alimentou bem. A artista fazia fisioterapia e outros tratamentos na
residência para idosos.
Em setembro e outubro, Vanusa esteve internada no
Complexo Hospitalar dos Estivadores, em Santos, por causa de um quadro
grave de pneumonia.
Aretha Marcos, também filha de Vanusa, publicou
homenagens à mãe nas redes sociais. Em uma delas, ela relembrou que, neste
domingo, seu pai, Antônio Marcos, completaria 75 anos.
"O amor é impossível. Hoje, aniversário do meu pai,
Antônio Marcos ele veio buscar minha mãe para viverem juntos na eternidade. A
vida é arte!"
O filho Rafael Vannucci, ator, cantor e produtor de
eventos, mora em Goiânia e está viajando para São Paulo para encontrar a
família.
Carreira da artista
Vanusa Santos Flores nasceu em 22 de setembro
de 1947 na cidade de Cruzeiro (SP), mas foi criada em Uberaba (MG). Com mais de
20 discos lançados ao longo da carreira e mais de 3 milhões de cópias vendidas,
a cantora e compositora era mais identificada com a canção popular do que com a
MPB, mas flutuou entre gêneros como rock, funk americano e samba.
Aos 16 anos, cantava com o grupo
Golden Lions. Em 1966, fez sucesso com a canção “Pra nunca mais chorar” e
passou a se apresentar na TV Excelsior.
Na mesma época, participou das
últimas edições do programa da Jovem Guarda. Pouco depois, se juntou ao elenco
do programa humorístico “Adoráveis trapalhões”, com Renato Aragão.
Nos anos 1970, emendou sucessos como
“Manhãs de setembro”, que escreveu em parceria com seu parceiro frequente Mário
Campanha, e baladas como "Sonhos de um palhaço", de Antonio Marcos e
Sérgio Sá, e "Paralelas", de Belchior.
Em 1972, se casou com Antonio Marcos.
O cantor participou diretamente da carreira de Vanusa com outras músicas, como
“Coração americano”, escrita com Fagner.
A música faz parte
de um dos melhores discos da
cantora, “Amigos novos e antigos”, lançado em 1975. Na
mesma década, ela ainda esteve no elenco de montagem do musical “Hair”.
Em 1977, lançou com
o cantor Ronnie Von o LP “Cinderela 77”, trilha sonora da novela com o mesmo
nome da TV Tupi.
Nas décadas
seguintes, manteve a carreira ativa com o lançamento de discos e participações
em diversos festivais de música no país e no exterior, como Uruguai, Coreia do
Sul e Chile.
Em 2005, participou
ainda de eventos e shows comemorativos dos 40 anos da Jovem Guarda.
Em 2009, Vanusa foi
convidada para cantar o hino nacional em um evento na Assembleia Legislativa de
São Paulo. Um vídeo que mostra a cantora trocando palavras da letra se tornou
viral na internet. Na época, ela contou que remédios
para labirintite a deixaram desorientada na ocasião.
Pouco tempo depois,
Vanusa sofreu um acidente doméstico, segundo ela. também provocado pela labirintite.
Por causa da queda, a artista precisou se submeter a três cirurgias na
clavícula.
Vanusa contou sua
vida na autobiografia “Ninguém é mulher impunemente” e no monólogo musical
“Ninguém é loura por acaso”, que estreou no teatro em 1999 em São Paulo.
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