Centrais sindicais vão receber R$ 70 milhões

ROBERTO BARBOSA

O presidente da União Geral dos Trabalhadores do Brasil (UGT), Ricardo Patah, esteve hoje de manhã no auditório do Hotel Beira-Rio, reunido com lideranças sindicais do Estado do Pará, a convite do presidente regional da central sindical, José Francisco Pereira. Esta foi a primeira reunião da UGT-Brasil no Estado, depois que as centrais sindicais foram regulamentadas através de lei federal.
Ao discursar na abertura do encontro, Patah falou da regulamentação das centrais sindicais e defendeu o presidente Luís Inácio Lula da Silva por ter vetado na Lei o dispositivo que determinava a prestação de contas das centrais sindicais para o Tribunal de Contas da União.
Segundo o sindicalista, se estamos vivendo em uma democracia e a lei determina que a luta sindical, o movimento sindical, são livres, por que então, haveria as centrais e os sindicatos de serem fiscalizados, em suas contas, pelo Tribunal de Contas da União.
Em seu entendimento, essa fiscalização cabe aos trabalhadores, pois são eles que pagam a contribuição sindical que destinará, pela nova lei, já neste ano, apenas 1% do valor arrecadado para ser rateado entre as centrais, o que ele calcula no valor de R$ 70 milhões, sendo que a UGT vai colocar as mãos em cerca de R$ 6 milhões desses recursos, porque está com cerca de 510 sindicatos filiados em todo o País, dos quais, 330 já estão devidamente legalizados e o restante, está se legalizando e acertando sua filiação junto à central. Caso todos os sindicatos estivessem totalmente legalizados, lembrou Patah, provavelmente, o 1% a ser repassado para as centrais seria bem maior que o anunciado há poucos dias, algo em torno de R$ 120 milhões.
Falou, ainda, Ricardo Patah, que também os sindicatos patronais têm direito a receber recursos oriundos da contribuição sindical e que o restante da verba é empreendida pelo governo em outros setores, inclusive na manutenção do Sesc/Senac.

FISCALIZAÇÃO

Patah criticou setores da Imprensa, inclusive o Bip-News, pelas críticas a não fiscalização governamental quanto às verbas repassadas para as centrais sindicais. Lembrou que todos os sindicatos e suas respectivas centrais já fazem sua prestação de contas e que, neste contexto, não há como manipular números.
Esclareceu, ainda, que as centrais sindicais sempre concordaram nas metas de trabalho e na liberdade dos sindicatos. Elas divergem, apenas, nas questões político-ideológicas, daí trilharem por caminhos nem sempre iguais, embora a luta pelo movimento sindical e pela melhoria de vida dos trabalhadores brasileiros seja convergente.

POTENCIAL DO PARÁ
De acordo com o presidente da UGT-Pa, José Francisco Pereira, esta não foi a primeira vez que Ricardo Patah esteve em Belém, mas que o encontro de hoje serviu para sensibilizar a direção nacional da central sobre o potencial econômico do Estado do Pará no que diz respeito ao agro-negócio, recursos minerais, pólos energéticos, turísticos e o crescimento da entidade em nosso Estado.



FERROVIA É DESOBSTRUÍDA
Nesta quinta-feira (17), por volta das 11h30, o sistema integrado de segurança pública - Polícias Militar, Civil e Federal - desobstruíu a Estrada de Ferro de Carajás, em Parauapebas, ocupada por manifestantes dos movimentos Sem Terra (MST) e dos Trabalhadores da Mineração (MTM). A informação é da Agência Pará.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) informa que a ação foi tranqüila e não há registro de feridos.
A Polícia Federal também autuou em flagrante quatro pessoas pelo crime de interdição de ferrovia. Os detidos estão sendo ouvidos em depoimento pelos delegados Wilson Ramos, da PF, e Maurício Castelo, superintendente em exercício da Polícia Federal.

Comentários

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