Polícia Civil do Pará vai intimar empresário proprietário do manganês apreendido em Barcarena

O empresário e minerador Jamil Silva Amorim, detentor de polos de exportação em Marabá e no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, será chamado a prestar esclarecimentos na Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal - DEMAPA, que apura crimes ambientais na região de Capistrano, no município de Marabá, no sudeste do Pará. A intimação decorre da Operação Capistrano, realizada ontem, quarta-feira, 05, e que resultou na apreensão de 69 cargas de minério de manganês. As cargas, totalizando aproximadamente 5.544 toneladas, estavam armazenadas ilegalmente em um galpão no município de Barcarena e tinham como destino a exportação para a China. Operação semelhante foi realizada pela Polícia Federal, no Estado do Maranhão, onde, em um porto particular, foram apreendidas quase 23 mil toneladas de manganês, que seriam embarcadas igualmente para a China. O material ali apreendido também pertence ao mesmo grupo, a mineradora 3 Marias, do distrito de Capistrano, em Marabá. Segundo o delegado Aurélio Paiva, presidente do inquérito que apura os fatos, Jamil deverá esclarecer suas justificativas, já que há suspeitas de falsificação de notas fiscais, além de extração de minério fora da Mineradora 3 Marias, bem como, o modal de transporte do minério por Marabá, Barcarena e por São Luís. O policial diz estar levantando dados para saber de onde esse manganês foi, de fato, extraído. Caso todas as irregularidades venham a ser confirmadas, os envolvidos responderão a vários crimes, como extração ilegal de minério, falsificação/esquentamento de notas fiscais, que são documentos públicos; transporte de minério, entre outros. O policial informou que, no ano passado, realizou uma operação nas minas da região de Capistrano, onde apreendeu equipamentos, armas, munições etc. A ideia é saber se os fatos de agora estão relacionados com as operações que já eram monitoradas pela Demapa, por determinação do delegado Dilermano Tavares APREENSÃO A operação de ontem foi uma resposta a denúncias relacionadas à extração, armazenamento e transporte irregular de minérios na região. A partir dessas denúncias, a DEMAPA realizou uma investigação para monitorar atividades suspeitas. As cargas apreendidas estavam prontas para serem exportadas, o que evidencia um esquema bem organizado de extração e comércio ilegal de recursos naturais. Com a apreensão, a Polícia Civil instaurou um inquérito para aprofundar a investigação sobre a extração irregular do minério, seu armazenamento e transporte. “O objetivo é identificar os responsáveis e apurar outros crimes correlatos, incluindo possíveis ligações com redes de comércio internacional”, afirmou o delegado Dilermano Tavares, titular da DEMAPA. Ainda conforme a DEMAPA, os responsáveis pela empresa de armazenamento do ministério irregular foram intimados para prestar esclarecimentos. A ação não só impede a degradação ambiental imediata, mas também serve como um alerta para aqueles que se envolvem em atividades ilegais de mineração. "Estamos comprometidos em proteger os recursos naturais do Pará e garantir que aqueles que cometem crimes ambientais sejam responsabilizados", afirmou o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende. A expectativa é que a investigação em curso revele mais detalhes sobre a cadeia de envolvidos e possibilite futuras operações para combater a mineração ilegal no Estado. Imagens: Divulgação

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