Para os políticos, que se lixem os aposentados
ROBERTO BARBOSA
A Câmara dos Deputados manobrou, manobrou, manobrou e não votou a proposta de aumento salarial para a classe aposentada e que, segundo especialistas, aprovada, será vetada pelo presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, porque representará uma oneração da ordem de mais de R$ 6 bilhões no orçamento da União. E vetar um benefício para os aposentados, neste momento, não é uma boa ideia para quem pretende eleger seu sucessor em 2010. O Projeto de Lei vincula as aposentadorias ao salário mínimo e o adiamento da votação deveu-se a manobras da base aliada do governo Lula.
No plenário da Câmara dos Deputados o que se viam eram os gritos de protestos dos aposentados, que lembravam com palavras de ordem que, no próximo ano, haverá eleição, deixando claro, com isso, que não irão mais aceitar os abusos cometidos pelo governo.
É bem verdade que muitos aposentados, que recebem salários faraônicos, não merecem aumento coisa nenhuma, mas, as pessoas que passaram a vida inteira se matando para ter uma aposentadoria digna, estão vendo, a cada dia, seus salários sendo achatados, igualzinho ao que acontece com os pisos das categorias salariais, que não são vinculados ao mínimo e, deste modo, vão sendo, aos poucos, moldados até ficarem num só salário.
O projeto dos aposentados seria analisado após a Medida Provisória 466/09, que umenta a conta de energia elétrica. O autor da MP, deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), pediu prazo e, dessa forma, impediu que o projeto fosse analisado na sessão de ontem.
Segundo Bacelar, a MP é complexa e assim, teve de pedir prazo. Ele se justificou dizendo ser favorável aos aposentados brasileiros. Acreditem se quiser!
Diante das reiteradas manifestações dos aposentados, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), aconselhou os aposentados a procurarem as lideranças partidárias para que o projeto seja pautado. O peemedebista destacou que recebeu mais de dez vezes representantes dos aposentados no gabinete da presidência.
A oposição não perdeu tempo em jogar lenha na fogueira dizendo que a manobra serviu perfeitamente para mostrar que tipo de governo temos e o que esse poder pensa a respeito dos aposentados.
APOSENTADORIA PRÊMIO
Enquanto isso, em alguns poderes, gente "intocável" está pedindo aposentadoria. É, aposentadoria!
Sabem por quê?
Essa gente está toda enrolada com encrencas e, para se autocastigar, pede aposentadoria e, deste modo, escapa da execração pública, da punição constitucional, tudo, lógico, com o aval da lei e da força do corporativo, afinal, castigado, mesmo, é a pessoa que não tem poder algum e nem para quem se queixar.
Fatos como este ocorrem, costumeiramente, nos Tribunais de Justiça em todas as esferas. O presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio dos Estados do Pará e Amapá, José Francisco Pereira, denuncia que um desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, 8ª Região, está pedindo aposentadoria para escapar de possíveis punições, já que é acusado, entre seus pares, de estar envolvido em uma série de práticas corruptivas, ou, no mínimo, de peculato.
Então, cometer crime e depois ser condenado à aposentadoria com um gordo salário, torna-se uma piada. Uma pessoa dessa não tem direito a aumento. Deveria era perder o benefício ou ser aposentado com um salário mínimo. Mas, falar isso, agora, é bobagem, é utopia. No Brasil, jamais.
A Câmara dos Deputados manobrou, manobrou, manobrou e não votou a proposta de aumento salarial para a classe aposentada e que, segundo especialistas, aprovada, será vetada pelo presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, porque representará uma oneração da ordem de mais de R$ 6 bilhões no orçamento da União. E vetar um benefício para os aposentados, neste momento, não é uma boa ideia para quem pretende eleger seu sucessor em 2010. O Projeto de Lei vincula as aposentadorias ao salário mínimo e o adiamento da votação deveu-se a manobras da base aliada do governo Lula.
No plenário da Câmara dos Deputados o que se viam eram os gritos de protestos dos aposentados, que lembravam com palavras de ordem que, no próximo ano, haverá eleição, deixando claro, com isso, que não irão mais aceitar os abusos cometidos pelo governo.
É bem verdade que muitos aposentados, que recebem salários faraônicos, não merecem aumento coisa nenhuma, mas, as pessoas que passaram a vida inteira se matando para ter uma aposentadoria digna, estão vendo, a cada dia, seus salários sendo achatados, igualzinho ao que acontece com os pisos das categorias salariais, que não são vinculados ao mínimo e, deste modo, vão sendo, aos poucos, moldados até ficarem num só salário.
O projeto dos aposentados seria analisado após a Medida Provisória 466/09, que umenta a conta de energia elétrica. O autor da MP, deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), pediu prazo e, dessa forma, impediu que o projeto fosse analisado na sessão de ontem.
Segundo Bacelar, a MP é complexa e assim, teve de pedir prazo. Ele se justificou dizendo ser favorável aos aposentados brasileiros. Acreditem se quiser!
Diante das reiteradas manifestações dos aposentados, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), aconselhou os aposentados a procurarem as lideranças partidárias para que o projeto seja pautado. O peemedebista destacou que recebeu mais de dez vezes representantes dos aposentados no gabinete da presidência.
A oposição não perdeu tempo em jogar lenha na fogueira dizendo que a manobra serviu perfeitamente para mostrar que tipo de governo temos e o que esse poder pensa a respeito dos aposentados.
APOSENTADORIA PRÊMIO
Enquanto isso, em alguns poderes, gente "intocável" está pedindo aposentadoria. É, aposentadoria!
Sabem por quê?
Essa gente está toda enrolada com encrencas e, para se autocastigar, pede aposentadoria e, deste modo, escapa da execração pública, da punição constitucional, tudo, lógico, com o aval da lei e da força do corporativo, afinal, castigado, mesmo, é a pessoa que não tem poder algum e nem para quem se queixar.
Fatos como este ocorrem, costumeiramente, nos Tribunais de Justiça em todas as esferas. O presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio dos Estados do Pará e Amapá, José Francisco Pereira, denuncia que um desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, 8ª Região, está pedindo aposentadoria para escapar de possíveis punições, já que é acusado, entre seus pares, de estar envolvido em uma série de práticas corruptivas, ou, no mínimo, de peculato.
Então, cometer crime e depois ser condenado à aposentadoria com um gordo salário, torna-se uma piada. Uma pessoa dessa não tem direito a aumento. Deveria era perder o benefício ou ser aposentado com um salário mínimo. Mas, falar isso, agora, é bobagem, é utopia. No Brasil, jamais.
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