O país da enganação

No comentário anterior, me reporto sobre o PL 4330 que implanta o regime de terceirização para aumentar o desemprego no país. Políticos que são favoráveis a essa porcaria, como Eduardo Cunha, ainda têm o acinte, o cinismo de dizer que o trabalhador brasileiro é que sai ganhando, quando se sabe que esta é a maior derrota das classes trabalhadoras brasileiras.
Aqui no Brasil, não tem Justiça, não tem Ministério Público, não tem entidade de defesa de direitos humanos, não tem ninguém que tenha coragem de sair em defesa verdadeira dos interesses da população, contra estas ações malévolas.
Estava, agora, ao elaborar este texto, me lembrando do quanto a gente paga de impostos neste país. Paga-se pra nascer, viver e morrer. O imóvel é taxado e sobretaxado; o veículo é taxado e sobretaxado. No entanto, pessoas estão morrendo por falta de atendimento médico, medicamentos e hospitais com as portas abertas para a população; o Brasil, especialmente na região Norte, tem um dos mais baixos IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e Idebs (Índice de Desenvolvimento da Educação de Base); nossas estradas não têm conservação, manutenção e sinalização.
Quando o carro quebra, o dono tem de consertar, mas a responsabilidade pela manutenção das estradas deveria ser do poder público; quando o cidadão morre por falta de atendimento, a responsabilidade também é do governo e de médicos descompromissados com a saúde; quando a criança e o adulto não sabem ler nem escrever, a culpa também é do governo e de professores, igualmente descompromissados com a causa da educação.
Recentemente, o governador do Pará, Simão Jatene, reuniu com seu secretariado e colocou a seguinte questão para todos: qual o meu papel no governo? o que eu estou fazendo?
Então, está na hora de cada um ver o seu papel; se voltar para si mesmo e perguntar o que está fazendo. O governo não está fazendo nada, nem as instituições.
Estamos numa grande crise, que não é só econômica. É uma crise política, moral, econômica, onde as pessoas estão se esquecendo de seus valores. Cada um pega o seu e tenta se sair melhor que o outro.

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