Meus 36 anos de imprensa

Bom dia, caros amigos!
Durante a cobertura, semana passada, em SP, do Congresso da UGT
Nesta data, em 1979, eu, então com 17 anos, fazia minha primeira reportagem, um caso de homicídio ocorrido no final da noite de um domingo. Agora são 36 anos de jornalismo, onde já fizemos faculdade, pós-graduação, enfim, tudo conforme manda o figurino.
Mas, independente desses adereços, posso dizer que sou um homem feliz no que faço, o jornalismo impresso e, agora, eletrônico, nas mídias sociais, na blogsfera etc. Até hoje, claro, ainda estou procurando a melhor reportagem, a primazia na notícia - o furo de reportagem por assim dizer.
Eterno foca, pois, todos os dias, vou correndo abrir o jornal e ver cada palavra, cada vírgula, ponto e vírgula, colocação; verificar o que posso melhorar, o que deveria ter feito.
Nesta profissão também abri minha primeira conta bancária, tive meu primeiro carro, namorei, casei, criei filhos e ainda estou cuidando de netos querido. Nesta profissão corri mundo, conheci o Brasil, saí do país algumas vezes, conheci gente, trabalhei com o chamado "elemento humano".
Nesta profissão, fiz amizades importantes em todo o Brasil e fora do país. Tropecei muito. Faz parte da vida. Tive decepções, chorei, me aborreci, porém, posso dizer que jamais me arrependi de ser o que sou, estar onde estou, fazer o que faço.
Não sou de olhar para trás, mas tenho certeza que só há lembranças maravilhosas. Continuo na defesa da notícia bem feita, bem apurada, que só é publicada quando tenho absoluta consciência de que fiz tudo o que me era humanamente possível para chegar o mais perto da verdade dos fatos, sempre ciente de que, em algumas situações, há sempre três versões: a de ambos os lados e a VERDADE.
Sempre consciente de meu papel no fornecimento de subsídios para a história, a história do meu tempo, onde, por um erro meu, posso prejudicar todo um contexto.
Me perguntaram a certa altura da minha vida, se eu tivesse oportunidade de escolher de novo o que eu faria na vida, e respondi com simplicidade, que seria mesmo jornalista, pois acho que nasci pra isso. E é tanto, que passei a maior parte de minha vida socado nas redações de jornais, todos de Belém. Me orgulho do que faço, e procuro fazer em prol do bem da humanidade, crente de que, todos os dias, sempre poderei aprender mais.
Quero continuar, afinal, acho que ainda posso contribuir muito, e quero aprender mais ainda, diante de toda esse emaranhado tecnológico, a internet, o dinamismo da informação.
São 36 anos de história, uma vida, que continua, sem fechar a gaveta nem virar a página.

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