Hospitais de Marabá são alvo de experiência inovadora de ações de filantropia de estudantes de Medicina

A prática do voluntariado, frequentemente vista como um ato de generosidade espontânea, ganhou um conceito novo na cidade de Marabá, no sudeste do Pará, a 500 quilômetros de Belém. Estudantes de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas do Pará - Facimpa demonstraram que o trabalho voluntário pode e deve ser sinônimo de profissionalismo e dedicação especializada. No último fim de semana de outubro, estudantes desta e de outras faculdades do grupo educacional Afya, participaram de uma imersão para a capacitação de suas práticas como voluntários em hospitais e organizações do terceiro setor na região. Sob a orientação de Roberto Ravagnani, um dos maiores especialistas em voluntariado da América Latina, 44 alunos de Medicina e Psicologia realizaram vivências, trocando ideias e aprendizados num treinamento de 16 horas. A experiência foi além de palestras teóricas, já que Ravagnani conhece de perto os elementos do trabalho de filantropia em ambiente hospitalar, pois atua há 23 anos como palhaço nesses locais. Hoje, o especialista dedica-se a diversas ações nas áreas de ESG e responsabilidade social empresarial, além de ser CEO do Prêmio VOL, que reconhece práticas de voluntariado em todo o País. A iniciativa de receber um treinamento partiu dos próprios estudantes, que perceberam a necessidade de trazer um olhar mais sistêmico e profissional para as atividades voluntárias. A faculdade de forma quase que única no Brasil, apoiou e incentivou a execução da capacitação, inclusive com o envolvimento direto de professores da Facimpa, a vivência não apenas aumentou o engajamento dos participantes, mas também valorizou a percepção das ações de voluntariado dentro e fora do ambiente acadêmico. Entre as atividades filantrópicas já em prática, destaca-se o grupo “Plantão do Amor” – grupo formado por alunos da Facimpa que, vestidos de palhaços, com trajes coloridos e narizes vermelhos, visitam pacientes nos hospitais da região, levando música e alegria aos leitos. Essa interação humanizada e cheia de empatia ilustra bem a importância de uma preparação adequada, que transcende a boa vontade, incorporando técnicas e sensibilidade no trato com os pacientes. O treinamento profissional em voluntariado ressalta a ideia de que a capacitação é essencial, mesmo em um contexto onde a remuneração não é o objetivo. Ravagnani aponta que o impacto de voluntários bem-preparados é imensurável, tanto para a sociedade quanto para os próprios voluntários. "Cada pessoa que decide dedicar seu tempo a uma causa nobre merece ser orientada para maximizar sua contribuição", afirma o consultor. Não apenas os voluntários, mas também as organizações que os acolhem – neste caso, os hospitais de Marabá – devem estar preparadas para integrar esses esforços de maneira eficaz. A harmonia entre as expectativas e capacidades dos voluntários e as necessidades das instituições é fundamental para a criação de um ambiente onde o trabalho voluntário floresça. A cidade de Marabá, agora, serve como exemplo no Estado do Pará de que a capacitação pode elevar o trabalho voluntário a um grau de impacto ainda maior, refletindo um movimento que, segundo Ravagnani, tem o potencial de transformar o voluntariado no Brasil. Roberro Ravagnani se coloca à disposição para conversar com faculdades e universidades de todo o Brasil e America Latina.
Imagens: Pauta Social/Divulgação

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