Polícia do Pará prende no Piauí o maior trapaceiro do Brasil

O trabalho foi desenvolvido pelo delegado Neyvaldo Silva, titular da Divisão de Investigações e Operações Especiais - DIOE, com apoio do delegado Vanildo Oliveira, que participou da diligência que redundou na prisão dos acusados no Piauí.
Neyvaldo apresentou Eduardo e Júnior ontem na DIOE, oportunidade em que declarou que havia mandado de prisão contra a dupla desde 2012. O policial disse que pai e filho têm uma loja com o nome de fachada de "Eletromil". O golpe da compra premiada consistia em oferecer um determinado produto ao cliente, que deveria pagá-lo em até 48 vezes. Caso a pessoa fosse premiada na segunda ou qualquer outra prestação, então, o recebia e não precisava pagar mais porque o bem adquirido já estava quitado. "Como é que uma pessoa poderia manter um negócio desses? No princípio, eles ainda entregaram algumas motocicletas, mas, depois, começaram a dar o gope mesmo, não entregando nem o produto premiado nem devolvendo as prestações já pagas", disse Neyvaldo.
Segundo a polícia, havia tantas vítimas que, no ano passado, foi necessário o promotor de Justiça de Castanhal, Marco Aurélio Nascimento, reunir essas pessoas em um ginásio de esportes do município para ouvir cada uma e poder embasar a sua denúncia contra os réus. Neyvaldo também disse que os acusados fizeram tanto marketing do negócio, que as próprias vítimas procuravam a Eltromil com objetivo de fazerem a compra premiada que, na verdade, não passava de um grande golpe.
"Nós pegamos o que se pode dizer com certeza que é um dos maiores estelionatários do país, porque ele não agia somente no Pará, mas em diversos outros estados. É uma quadrilha, há outras pessoas envolvidas e nós continuamos a investigação. Agora, é certo que Eduardo e seu filho Júnior eram os chefes desse bando", concluiu o policial.
Eduardo e Júnior aplicaram golpes em Ananindeua, Castanhal, Capanema, Concórdia do Pará, Bragança, São Miguel do Guamá, Mãe do Rio, Curuçá e São Francisco do Pará.
Comentários