Vem aí mais roubalheira na conta de luz
Deu no G1 nesta manhã a matéria que segue abaixo:
Consumidor deve contribuir com R$ 23,21 bi
para fundo do setor elétrico
No Sul, Sudeste e
Centro-Oeste, conta de luz poderá ter alta de 19,97%. Aneel deve votar proposta
ainda na manhã desta terça-feira (3).
Consumidor deve contribuir com R$ 23,21 bi
para fundo do setor elétrico
No Sul, Sudeste e
Centro-Oeste, conta de luz poderá ter alta de 19,97%. Aneel deve votar proposta
ainda na manhã desta terça-feira (3).
Fábio Amato
Do G1, em Brasília
Os consumidores
podem ter que arcar, este ano, com R$ 23,21 bilhões nas contas de luz. O valor
foi proposto nesta terça-feira (3) pelo diretor da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) Tiago Correia, relator do processo
que trata do repasse, para as contas de luz, dos gastos com ações ligadas ao
fundo CDE, do governo federal.
Correia prevê que,
para os consumidores do Sudeste, Centro-Oeste e Sul a despesa vaigerar um impacto de 19,97% nas contas de luz em 2015.
Para os consumidores do Norte e Nordeste, a alta deve ser menor, de 3,89%. Essa
diferença acontece porque, no rateio da CDE, os primeiros pagam 80% dos custos.
Os outros 20% ficam com clientes do Norte e Nordeste.
Os R$ 23,21
bilhões, portanto, são o total estimado para o orçamento da Conta de
Desenvolvimento Energético (CDE) neste ano. Com os recursos, o governo pretende
bancar programas como o Luz para Todos, o subsídio à conta de luz de famílias
de baixa renda, parte do combustível usado para abastecer termelétricas na
região Norte do país, além de pagamento de indenizações a empresas do setor.
A proposta de
Correia deve ser votada ainda na manhã desta terça (3) pela diretoria da Aneel.
Depois, ainda fica 10 dias sendo debatida em audiência pública e, então, volta
a ser analisada pela diretoria da agência. Só então, se aprovada, começa a
valer em definitivo.
Socorro do governo
No início de
janeiro, o governo anunciou que suspenderia uma ajuda de R$ 9
bilhões, prevista no Orçamento de 2015, para a CDE. Com isso,
todos os gastos previstos para o fundo neste ano serão bancados pelos
consumidores.
Em anos anteriores,
quando houve necessidade de repassar às contas de luz parte da conta da CDE,
ela era bancada, no primeiro momento, pelas distribuidoras, que depois eram
compensadas nos reajustes, que ocorrem uma vez por ano.
Dessa vez, porém,
será feita uma revisão extraordinária das tarifas, para que o valor comece a
ser arrecadado imediatamente. Ou seja, além do reajuste normal, haverá um
aumento extra nas contas de luz. Isso está sendo feito porque as distribuidoras
alegam não ter recursos para cobrir uma conta tão alta.
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