Que golpe é esse?

Não sou absolutamente favorável a um impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas, daí a dizer que essa história é um golpe, acho que realmente os integrantes o jogo político do país perdem definitivamente o rumo e assumem de vez que têm cara de pau e estão pouco se lixando para o futuro do Brasil e de sua população.
Se, de um lado, há um Eduardo Cunha da vida que está enfrentando o inferno astral das investigações da operação Lava Jato por ser corrupto com dinheirama escondida em paraíso fiscal; um vice-presidente Michel Temer se aproveitando da situação para sentar o traseiro na cadeira de Presidente da República; e um Renan Calheiros na mesma situação de Cunha, de outro lado, há um governo do PT já desgastado e cooptado pelo PMDB, que governou com Sarney, Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma.
E esse governo perdeu o controle da economia. Pelos números oficiais, a inflação passou dos 10% em 2015, a recessão está instalada, empresas estão desabando, milhões de brasileiros estão perdendo o emprego, caiu o poder aquisitivo da sociedade e os aumentos sucessivos e abusivos começam com o próprio governo que determinou reajuste de combustíveis, água, luz, telefones etc.
Para completar a sanha de ataques contra a sociedade, esse mesmo governo se prepara - pasmem, com apoio de uma série de economistas e puristas petistas - para aumentar a idade e tempo de serviço exigidos para a aposentadoria, quando as categorias trabalhadoras defendem o tempo de serviço como principal requisito para o benefício.
A alegação é que, aumentando o tempo de serviço e a idade, vai ajudar a equilibrar as contas públicas - aí incluído o déficit da Previdência Social. Sempre somos nós que haveremos de pagar a conta que não fizemos? Principalmente contas oriundas de altos salários e negociatas criminosas no governo, no Congresso, nas assembleias legislativas e nas câmaras de vereadores.
E a CPMF?
Criada no governo Fernando Henrique para minimizar os problemas de saúde, a CPMF só serviu para arrombar as contas do cidadão brasileiro, porque pessoas continuaram, continuam e vão continuar morrendo nas portas dos hospitais sem leito, sem medicamentos, sem assistência.
Enquanto isso, centenas de milhares de políticos continuam mandando e desmandando ao bel prazer, sem se importunar com a situação do povo na miséria do desemprego, da falta de saúde e educação, transporte etc, políticos esses que, neste ano, vão de novo fazer demagogia durante a propaganda - ridícula e enfadonha - eleitoral gratuita com fulcro de abocanhar mais cargos nas câmaras municipais e nas prefeituras.
A história continua, mudam, em alguns casos, apensas os personagens.

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