Ministro da Áustria visita o Pará
ROBERTO BARBOSA
Da Redação
Para verificar o potencial do Pará e da Amazônia com fins de
investimentos da zona do Euro e incentivar o desenvolvimento da produção e da
indústria com sustentabilidade sem abandonar a preservação ambiental, esteve em
visita a Belém na última quinta-feira (28), o ministro Plenipotenciário da
Áustria, Thomas Stelzer, ex-secretário geral adjunto da Organização das Nações
Unidas (ONU) para Assuntos Sociais e Econômicos. A visita não oficial do
ministro foi intermediada pelo professor de Direito Penal e Jurista Edmundo
Oliveira, atual coordenador geral do Comitê Permanente da América Latina para
Prevenção do Crime (Coplad) que realiza assembleia geral nos dias 8 e 9 de
abril, no Rio de Janeiro, sob a presidência do ministro Luís Roberto Barroso,
do Supremo Tribunal Federal.
Stelzer preferiu passar esses dias em Belém para ver de perto o potencial da região e, ao mesmo tempo, ouvir de Edmundo Oliveira sobre as questões sociais dos povos amazônicos e, em especial, do Pará. O ministro, que falará durante a assembleia geral do Coplad, esclarece que há soluções de curto, médio e longo prazos para erradicar o estado de violência que está acontecendo no Brasil e nos demais países membros do Coplad (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela).
Stelzer preferiu passar esses dias em Belém para ver de perto o potencial da região e, ao mesmo tempo, ouvir de Edmundo Oliveira sobre as questões sociais dos povos amazônicos e, em especial, do Pará. O ministro, que falará durante a assembleia geral do Coplad, esclarece que há soluções de curto, médio e longo prazos para erradicar o estado de violência que está acontecendo no Brasil e nos demais países membros do Coplad (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela).
Na visão de Thomas Stelzer, a violência decorre da falta de políticas
públicas voltadas para os setores social, político e econômico que desumanizam
as relações interpessoais e a sociedade como um todo. Ele explica que vivemos
na Amazônia que tem grande potencial por suas riquezas botânicas, minerais e
hídricas que, porém, não são exploradas nem valorizadas de forma a contemplar a
sociedade como um todo.
Esses recursos devem ser explorados de forma economicamente sustentável,
isto é, sem destruição mas com desenvolvimento para toda a região contemplando
seu povo nativo, afinal, seria impossível não haver violência quando se observa
as grandes desigualdades sociais. O desenvolvimento há de ser sustentável,
humano e economicamente positivo para todos os povos, o que é uma das propostas
do Coplad que, na próxima assembleia vai aprovar o relatório geral elaborado
com a temática "Princípios, Valores e Políticas Integradas de Segurança
Humana para a Prevenção das Mortes Violentas na América Latina". Ou seja,
"não se pode pensar apenas na segurança pública; devemos valorizar a
segurança humana, como também esclareceu o jurista Edmundo Oliveira, o paraense
do bairro do Jurunas que hoje tem cadeira junto à ONU e vive no eixo
Belém-Brasília-Nova Iorque.
De acordo com Thomas Stelzer, esse relatório geral da América Latina
será apresentado no XIV Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção do Crime e
Justiça Criminal que acontece no período de 20 a 27 de abril do próximo ano na
cidade de Kyoto, no Japão.
Stelzer observa que todos esses crimes que se observam nas grandes
regiões metropolitanas da América Latina têm base principalmente na questão dos
altos índices de pobreza e de falta de políticas voltadas para a educação, para
a saúde e, principalmente, para a segurança humana, modelo totalmente moderno e
diferente do conceito que a sociedade tem acerca de segurança pública que,
intrinsecamente se volta para o policiamento ostensivo, repressivo e
judiciário.
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