"Voo Fantasma", uma obra que prende e encanta o leitor


 Acabei de ler o livro "Voo Fantasma", do escritor Bear Grylls, mas ficou aquele gostinho de quero mais e o leitor, no final, vai saber o porquê. É uma história bastante doida, mas que abre um leque para imaginação sobre o paradeiro de nazistas que desgraçaram as vidas de milhares de pessoas durante os anos das duas guerras e no depois da segunda guerra mundial. É sabido que vários carrascos, assassinos contumazes ligados diretamente a Hitler, se refugiaram pelo mundo, inclusive aqui na América do Sul, estacionando em vários países como Brasil e Argentina, por exmplo.

Bear Grylls elaborou sua obra, de ficção, ação, mistério, terror e romance com base em dados reais que permeiam a história com grande conhecimendo de fatos. É o caso da existência, entre os nazistas, de grande conhecimento e avanço tecnológico, da fabricação de um avião de guerra Junkers Ju-390, fabricado para o transporte de cargas pesadas; também sobre a diversidade da selva amazônica, seus encantos e perigos, os povos indígenas e suas crenças, além da situação em que vive o povo da longínqua ilha de Bioco, na Guiné Equatorial.

No livro do autor inglês, uma unidade dessa aeronave Ju-390 - foram construídas apenas duas, mas na obra, teria sido um mínimo de cinco - veio para a América do Sul trazendo material de guerra ultra secreto e vários dos carrascos linhas de frente de Hitler, mas o aparelho faz um pouso de emergência na selva amazônica, mais precisamente, nas divisas do Brasil e Bolívia. O aparelho é descoberto por entidades ligadas ao combate a nazistas que estariam se organizando (?) para um futuro grande levante, ressuscitando os ideais de Hitler em busca de vingança.

Assim, é montada uma operação para o resgate desse avião que está em local de difícil acesso, em terras indígenas sem contato com o mundo civilizado. Da operação cívico-militar participam destemidos personagens das forças armadas e serviços secretos de vários países, tais como Inglaterra, Rússia, Brasil e, interessante, a base dos trabalhos fica na Serra do Cachimbo, no Pará, onde pousou o jatinho Legacy, fabricado pela Embraer, que derrubou o Boeing 737-800 da Gol, matando 154 pessoas, em 29 de setembro de 2006. Era o voo 1907.

O personagem principal, Will Jaeger, britânico, vem de um trauma de ter perdido a mulher e um filho durante um passeio, mas ele, no decorrer da trama, percebe que o sumiço de sua família tem muito a ver com a missão a que está chefiando e que neonazistas estão por trás de tudo, igualmente engajados em missões paralelas para também resgatarem da selva o Ju-390. Na trama não são esquecidas a sucuri paraense, as piranhas e os jacarés, além da amizade dos indígenas, e nem deixado o lado romântico esquecido, já que Jaeger se vê de uma forma nada ortodoxa em posição contrária à russa Irina Narov que, no fim, quer ter uma relação de amor na cama, momento muito esquisito, já que o líder acaba de descobrir que sua família, possivelmente, está viva e que eles precisam se lançar a novas aventuras. A história terá continuação, mas não se sabe quando. A obra foi editada no Brasil pela Editora Record e é encontrada com preços variados nas principais livrarias da capital paraense. Imperdível!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eleição em Abaetetuba poderá ter um terceiro turno

Pesquisa Exata que mostra liderança de Claudionor para a Prefeitura de Capanema é liberada pelo TRE após tentativa de impugnação

Povo esquecido e abandonado no Tapanã