CEO da BBF defende em fórum potencial de produção de óleo de palma na região amazônica

Durante participação no 22º Fórum Empresarial LIDE, realizado no Rio de Janeiro, o CEO do Grupo BBF (Brasil BioFuels), Milton Steagall, defendeu o potencial da produção de óleo de palma na região amazônica para a geração, principalmente, de biocombustíveis e energia elétrica renovável. O empresário brasileiro lembrou da importância da geração de emprego e renda para a população local e como a palma de óleo pode transformar a realidade social da região. “Temos 31 milhões de hectares na região amazônica desmatados até dezembro de 2007 e disponíveis para a cultura da palma de óleo. Isso significa geração de emprego e renda. Precisamos dar dignidade para os amazônidas, pessoas que precisam de ocupação”, afirmou durante participação no painel “A nova realidade do agronegócio brasileiro”, realizado nesta quinta-feira (29). O 22º Fórum Empresarial LIDE reúne até amanhã (30) na capital fluminense as maiores empresas do país e autoridades públicas para uma agenda nacional de debate sobre desenvolvimento socioeconômico, gestão, políticas públicas e sustentabilidade. A geração de emprego e renda na região amazônica também foi um ponto levantado no painel pelo governador do Estado do Acre, Gladson Cameli. “Quando se fala da região Norte, muito se fala das nossas florestas. Mas também precisamos lembrar dos 30 milhões de amazônidas, pessoas que vivem na região e precisam trabalhar”, afirmou. LEGISLAÇÃO RÍGIDA O cultivo da palma de óleo segue uma das legislações mais rígidas do mundo, o Zoneamento Agroambiental da Palma, aprovado em 2010. Segundo o decreto n. 7172 do Governo Federal, a cultura só pode ser cultivada em áreas degradadas pelo desmatamento até dezembro de 2007. Hoje, 31 milhões de hectares estão nesta situação na região amazônica, em áreas identificadas após robusto estudo desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Apenas 200 mil de hectares, porém, são efetivamente utilizados no país para esta finalidade. “Quando eu fui em 2008 no gabinete do então ministro da Agricultura pedir o zoneamento da palma no Brasil ele me disse que essa cultura era insignificante no país. Respondi que poderíamos ser líder se o Estado apoiasse. Conseguimos que em 2010 fosse aprovado o Zoneamento Agroambiental da Palma. Hoje, a agricultura no Brasil ocupa espaço de 72 milhões de hectares. Temos 31 milhões de hectares desmatados e disponíveis para a cultura da palma. Isso mostra seu enorme potencial e significa geração de renda”, afirmou. Por conta de suas características, o cultivo da palma de óleo não pode ser mecanizado, o que resulta em uma grande geração de emprego. Além disso, o Grupo BBF, segundo Steagall, para driblar questões relacionadas a infraestrutura e logística, utiliza como solução o consumo doméstico do óleo de palma para geração de biocombustível substituindo o diesel fóssil das termelétricas que já existiam dentro do sistema isolado de energia da Amazônia, o que gera ainda mais postos de trabalho. Para se ter ideia, hoje, mais de 140 mil famílias são abastecidas com energia gerada pela a partir de óleo de palma pela BBF em áreas isoladas da Amazônia. “Temos hoje mais de sete mil funcionários, nos cinco estados do Norte que atuamos. Somos a empresa que mais emprega em Roraima, por exemplo”, afirmou Steagall. Outros 18 mil empregos indiretos são gerados pela companhia, que prevê dobrar em dois anos o número de colaboradores. O painel “A nova realidade do agronegócio brasileiro” contou com a participação de Ronaldo Caiado, governador de Goiás; Mauro Mendes, governador do Mato Grosso; Eduardo Riedel, governador do Mato Grosso do Sul; Gladson Cameli, governador do Acre; Ingo Ploger, vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag); Antonio Carrere, presidente da John Deere América Latina; Mario Mantovani, diretor da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (ANAMMA); e Luiz Lourenço, presidente do conselho de administração da COCAMAR. O painel contou ainda com a moderação do jornalista e presidente do LIDE Conteúdo, Carlos José Marques; e do presidente do LIDE Agronegócios, Francisco Matturro. FÓRUM LIDE O Fórum Empresarial LIDE é reconhecido como um dos mais importantes encontros empresariais do Brasil, com legado de fomento da economia do país a partir da união estratégica entre os líderes participantes. No dia 30 de junho, Steagall participará novamente do evento, sendo um dos expositores do painel “A retomada na infraestrutura e as alternativas energéticas”, que será realizado a partir das 9h. SOBRE O GRUPO BBF O Grupo BBF (Brasil BioFuels), empresa brasileira fundada em 2008, é a maior produtora de óleo de palma da América Latina, com área cultivada superior a 75 mil hectares e capacidade de produção de cerca de 200 mil toneladas de óleo por ano. A empresa é pioneira na criação de soluções sustentáveis para a geração de energia renovável nos sistemas isolados, com usinas termelétricas movidas a biocombustíveis produzidos na região. Sua atividade agrícola recupera áreas que foram degradadas até 2007 na Amazônia, seguindo o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo (ZAE), aprovado pelo Decreto 7.172 do Governo Federal, de 7 de maio de 2010. O Grupo BBF criou um modelo de negócio integrado em que atua do início ao fim da cadeia de valor - desde o cultivo sustentável da palma de óleo, extração do óleo bruto, produção de biocombustíveis, biotecnologia e geração de energia renovável – com ativos totalizando cerca de R$ 2,2 bilhões e atividades gerando mais de 6 mil empregos diretos na região Norte do Brasil. As operações do Grupo BBF estão situadas nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e Pará, compreendendo 38 usinas termelétricas (25 em operação e 13 em implementação), 3 unidades de esmagamento de palma de óleo, uma extrusora de soja e uma indústria de biodiesel. A empresa está expandindo sua oferta de biocombustíveis e firmou parcerias para produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e de Óleo Vegetal Hidrotratado (HVO), também chamado de diesel verde. Os novos combustíveis sustentáveis serão produzidos a partir de 2026 na primeira Biorrefinaria do país, em fase de construção na Zona Franca de Manaus. Imagem: Divulgação

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