Quadrilha da extração e exportação ilegal de manganês não desiste e agora usa o CAR
O empresário Jamil Silva Amorim se tornou alvo de investigação federal por liderar um dos maiores esquemas milionários de extração e exportação ilegal de minério de manganês do Pará, mas quem pensou que o bando se intimidou diante das ações da Polícia Federa se enganou. A quadrilha, segundo a polícia, agora, está usando o Cadastro Ambiental Rural - CAR do Estado para simular regularidade de posse de áreas rurais em nome da Mineração 3 Marias LTDA.
Cada vez que as investigações avançam, o cerco parece estar se fechando mais. Desta vez, Jamil Amorim declarou um CAR na área da mina sob investigação, em nome da Mineradora 3 Marias para simular a investidores e compradores, que tem a posse da área da mina. A licença ambiental do seu famoso projeto de manganês foi suspensa pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS.
O título minenário foi Suspenso pela Agência Nacional de Mineração - ANM. A inscrição Estadual da empresa também foi suspensa pela Secretaria de Estado da Fazenda - SEFA, após a emissão de mais 2.000 Notas Fiscais de venda ilegal de minério de manganês, saindo do município de Marabá e que foram apreendidos pela Policia Federal no Porto de Itaqui, no Estado do Maranhão, no mês de junho, quando já ia ser exportado para China.
A apreensão foi de aproximadamente 23 mil toneladas de minério de manganês ilegal, avaliadas em quase R$ 30 milhões.
A ANM já confirmou que não saiu da área licenciada na Vila do Capistrano, em Marabá, já que a área segue intacta.
Segundo as investigações, no começo deste mês, o "rei do manganês" usou o Sistema da SEMAS para declarar um Cadastro Ambiental Rural em nome de sua empresa Mineração 3 Marias LTDA, que segue na linha da investigação do crime e, já que sua licença ambiental está suspensa, o investigado usa o CAR no meio empresarial para buscar suspiro financeiro e afirma que, além de dono da mina, é o dono da posse da área que sabe ser de terceiro.
O que chamou atenção das autoridades que apuram os fatos, é que bastou ser declarado o referido CAR, que o mesmo ficou ativo e sem qualquer pendência no sistema do SICAR. A polícia diz levar muitos anos para que um produtor rural venha a ter aprovado um CAR de sua real posse ou propriedade no Pará.
FATOS
Resta saber os documentos juntados para alcançar essa excelência na aprovação. Basta acessar o site oficial do SICAR/PA para ver que CAR PA-1504208-7BAFA30BC9574465B2A5545770906693 esta ATIVO, em nome da empresa MINERAÇÃO 3 MARIAS LTDA e foi declarado após a suspensão da licença ambiental pela SEMAS, além de sobrepor ao já existente, caracterizando a fraude fundiária para prática do ilícito minerário.
Há suspeitas das autoridades investigantes que Jamil Amori seja "um grande laranja com escudo de aço, comandado por um investidor na mineração no Norte do País e que tem o Pará na linha frente do manganês, associado à uma das maiores distribuidoras de Petróleo do Brasil, com sede no Paraná. Até agora, o que mais chamou atenção nas investigações, é que a outra empresa do Grupo, a GR Amorim, administrada pelo empresário investigado, vendeu 462.000 toneladas de minério de manganês para empresa do então investidor, quando só tinha autorização para venda de 60.000 toneladas anuais.
O vínculo entre o grupo é de sociedade empresarial, pois criaram a empresa SULPAR, com sede em Marabá, formado pela empresa Alianca Investimentos LTDA, a empresa Extrativa LTDA, cujo sócio representante é Giovanni Ribeiro Amorim, pai de Jamil e a empresa R.C. 6 Mineração LTDA.
A organização segue com os feitos na contramão dos interesses do Estado e da população paraense, desenvolvendo o caos no cenário minerário do Pará e precisa de urgência nas apurações em curso, ja que além de irregularidades ambientais e minerarias, agora migraram para fraudes fundiárias.
Imagens: Reprodução
Comentários