Lei do açougue

Roberto Barbosa

Levantamento feito pela Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil atesta que 73% da população brasileira são contra a lei que libera o aborto. Projeto de Lei nesse sentido transcorre pelo Congresso Nacional com total apoio do ministro José Gomes Temporão, da Saúde, ele que um dia jurou lutar pela vida. Nos templos, sacerdotes de todo o país conclamam a população a gritar contra a aprovação dessa lei que é a “lei da morte”.
Criticam que por todo o país, a saúde está um caos, onde faltam médicos, remédios e infra-estrutura para o atendimento à população. Aliás, indagado sobre se haveria dinheiro para financiar tantos abortos quanto fossem necessários, o ministro da Saúde declarou muitos países estrangeiros têm interesse em liberar verbas para os abortos. Ele deixou de explicar, entretanto, por que motivos governos estrangeiros estariam dispostos a investir em abortos no Brasil, mas não têm a mesma disposição para investir na saúde da população.
Trata-se, portanto, de mais uma das dezenas de aberrações que presenciamos na política e na vida social brasileira, onde o povo é tratado como gado, isto é, moeda de troca.
Mas o que se pode esperar de um país onde 180 mil brasileiros estão com metade da fortuna do país e a outra metade, com 180 milhões?
José Gomes Temporão está interessado na morte de pequeninos que não têm como se defender, ao passo que deveria estar interessado na vida de milhões de pessoas. Precisamos fazer coro contra tais disparates da nossa política e nos movimentar para a melhor distribuição de renda, pois, diminuindo a pobreza, é que o país pode, definitivamente, pensar em crescer.

° Enquanto o Fantástico, da Rede Globo, destaca dois minutos para o Carnaval e para os escândalos proporcionados por políticos indecentes que vivem em Brasília, dedica apenas 45 segundos para mostrar o tamanho da fé do povo paraense que leva mais de dois milhões de pessoas às ruas de Belém no segundo domingo de outubro para acompanharem a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, na procissão do Círio, a maior manifestação religiosa do mundo que, neste ano, destacou sobretudo a questão dos povos da Amazônia, dando como que um segmento ao tema da Campanha da Fraternidade.

º Durante a trasladação da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, do Colégio Gentil para a Catedral da Sé, no centro de Belém, mais de um milhão de pessoas se fizeram presentes, entre elas, os bandidos, que aproveitando-se do empura-empurra, meteram as mãos nos bolsos das pessoas para subtraírem carteira com dinheiro, cartões de créditos e documentos, além de aparelhos celulares.

° Houve até quem se aproveitasse do sufoco da massa humana para passar a mão nas partes íntimas de mulheres que rezavam pedindo graças a Nossa Senhora.

Comentários

Fabíola Batista disse…
Meu tio e o seu cunhado foram assaltados na noite da Trasladação, no empurra-empurrar da passagem da santa. A primeira vez que cobri o Círio de Nazaré, na av. Pres. Vargas quase fui alvo de um aprendiz de assaltante, percebi e o encabulei. O problema é que ele deve ter retirado de outros. eis o primeiro comentário, abs Fabíola

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