Poder público combate, mas abandona focos de dengue na periferia de Belém

ROBERTO BARBOSA

A dengue é motivo de preocupação dos governos federal, estadual e municipais. Vários surtos da doença já foram detectados Brasil a fora. No Pará, inclusive, muitas pessoas já morreram em decorrência de dengue hemorrágica.
Em função da epidemia de dengue, cuja época das chuvas é mais propensa a casos da doença, no Pará, aumentam as ações de combate ao mosquito transmissor do vírus, que busca água empossada para depositar suas larvas.
Milhões de reais são gastos em campanhas educativas pela mídia e nas escolas, bem como, trabalho de campo, isto é, com visitas aos lares, onde toda a população é conscientizada para que evite armazenamento de água em latas, pneus e em depósitos destampados. Assim, o mosquito da dengue não tem vez para proliferar. No entanto, com as chuvas chegando à capital paraense, não tem campanha que dê jeito à dengue se a própria prefeitura não der um jeito de acabar com a água empossada pelas ruas, principalmente nos bairros mais afastados do centro da cidade.
Sábado passado caiu uma rápida chuva à tarde. A Rodovia Augusto Montenegro estava intransitável, tudo, por conta de imensos alagados à margem da pista no sentido Entroncamento-Icoaraci. Detalhe, a água da chuva apenas somou-se à água putrefata que já existia sabe lá Deus há quanto tempo, pois a área fedia que doía. Estava insuportável.
Deste modo, é necessário que a campanha de conscientização comece a partir do próprio poder público. Primeiro vamos cuidar da nossa casa, para, depois, pensarmos na casa alheia enquanto cidadãos. Do contrário, será, como quase tudo no Brasil, apenas balela, e isso já basta.

SALADA

° Recrudescem os índices de violência na capital paraense. A bandidagem é cada vez maior e não tem polícia nem ação preventiva que dê jeito.
° Quando a gente sai de casa de manhã, deve agradecer pelo novo dia e rezar para voltar sã, pois não se sabe se a gente volta.
° Mais um advogado foi morto por bandidos. Agora, não dá mais para ficar no carro aguardando, porque os ladrões estão proliferando mais que ratos e outros insetos, só que, fora dos monturos de lixo.
° Jogar a culpa na Polícia é fácil, mas, quando policiais acabavam com a raça de bandidos, a gente vivia bem melhor.
° Vivem denunciando por toda parte a arbitrariedade de policiais para com bandidos, tem direitos humanos para tudo. Porém, quem defende o cidadão comum, que trabalha, que paga impostos e tem família para sustentar?
° Na hora que morre um pai de família, não tem direitos humanos, OAB, organizações não-governamentais e, tampouco, Ministério Público.
° Todavia, quando esse pai de família é alguém da alta sociedade, aí, na hora, aparecem até as grandes autoridades de gabinetes da Polícia Civil para fazerem o seu “agá”.
° Isso é hipocrisia!
° Aliás, a impunidade é uma constante. Tanto assim que, de cada cem inquéritos que apuram assassinatos no Estado do Pará, apenas dez têm a conclusão garantida para um processo na Justiça, com pronunciamento e julgamento dos acusados. O restante e arquivado por falta de provas ou identificação dos assassinos que, deste mundo, ficam soltos e prontos para matarem, sem dó nem piedade, outras pessoas.
° Continuamos, desta forma, reféns da violência, trancados em grades nas nossas casas, nos nossos locais de comércios, etc.

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