Uma bomba nas mãos da Polícia

ROBERTO BARBOSA
De Belo Horizonte, MG

A governadora Ana Júlia Carepa entregou a bomba relógio nas mãos das novas autoridades do Sistema de Segurança Pública do Estado. Disse que não tolera mais a violência e a impunidade e que o que acontece neste momento, é fruto da ausência de políticas públicas de segurança.
Eu não concordo com o que diz a nossa chefe de Executivo Estadual. Acho que há muita política de segurança pública em desenvolvimento. O que acontece, é que não há resposta desses investimentos em função da ausência de políticas públicas voltadas para o combate à pobreza, como diminuição dos índices de desemprego, por exemplo, que leva muitos pais de família ao desespero total.
Não adianta culpar os governos passados. Isso não interessa mais. Quem está no poder prometeu fazer alguma coisa e, se o que faz, não está dando certo, é melhor buscar novas formas, porque, o que passou, passou. O que interessa é o presente, o agora.
Tem de se diminuir os índices de pobreza, melhorar a qualidade de vida da população através de educação, saúde, saneamento básico, transportes eficientes. Só assim, a violência tenderá a diminuir.
Do jeito que está, a Polícia irá prender e matar, matar e prender, mas os crimes contra a população continuarão, bem como, as cadeias públicas superlotadas e o Judiciário sem condições de julgar em tempo eficaz todos os processos.
Outro elemento importante, é melhorar os salários dos policiais, que se arriscam de todas as formas e, no fim, não tem recompensa pelo trabalho que desempenham.
Já mudou o comando da Polícia. Mudou alguma coisa? Não!
Então, teremos, todos, sociedade e governos, de trabalhar pela melhoria da qualidade de vida das pessoas. Do contrário, continuaremos batendo na mesma tecla, naquele bate-papo inflamado que não leva nem resolve coisa alguma.

SALADA
° Estou em trânsito pelo Brasil, terminando mestrado em Estética da Comunicação.
° Não pretendo parar este trabalho, este bate-papo, mas eles não serão diários até o fim do mês.
° Em fevereiro, volta tudo como era antes.
° Tem muitos delegados de Polícia Civil com medo das mudanças que estão por vir.
° Nos corredores da Polícia Civil do Pará só se ouve os burburinhos, segundo me dizem colaboradores deste espaço.
° A tão propalada criação de novos estados a partir da divisão do Pará, diz estudo divulgado pelos jornais de hoje, alcançaria gastos da ordem de R$ 4,2 bilhões aos cofres públicos.
° Dividido o Pará, para nós, da "gema", só restaria a casca. O melhor ficaria para Carajás, Tapajós e Xingu, onde estão as áreas de desenvolvimento mineral.
° Essas divisões, bem se sabe, só servem e sempre serviram para satisfazer as ambições de homens que queresm ser os poderosos da área, governadores e senadores.
° Isso é uma ordenia mecanica.
° Já não se deveria mais falar em redivisões de Estados, mas sim, em melhoria da qualidade de vida das populações que vivem nesses rincões do Brasil.
° Enquanto se fala em combate à dengue, no meio da rua continuam as poças d'águas originadas dos torós que tem caído sobre Belém e que existem, exatamente, por falta de saneamento básico.
° As chuvas não tem nada a ver com o empoçamento da água.
° Enquanto isso, as pessoas continuam passando por agruras nos postos de saúde, Pronto Socorro e outros hospitais públicos destituídos de médicos, enfermeiros, equipamentos e remédios para atenderem a demanda.

Comentários

Anônimo disse…
Não se preocupe meu caro jornalista que essas divisões não ocorrerão tão cedo. Estudos do Ipea dão conta que o Brasil iria gastar bilhões de reais por anos a fio para manter a estrutura organizacional desses pretensos estados.
Isso é coisa de político safado, querendo se locupletar.
Pois, cada estado criado teria sua Assembléia Legislativa (mais deputados), seu Tribinal de Contas (mais conselheiros, pra quê), seu Tribunal de Justiça (mais desembargadores e juizes), mais três vagas de senadores, vagas de deputados federais, secretaria da Receita Federal, mais isto, mais aquilo e aquilo outro e quem pagaria as contas seria a Vipuva, aliás, nós, o povão. Os políticos querem essas vagas para si, seus irmãos, filhos, noras, cunhados e demais afilhados. Ah, sem contar o cargo de governador, que é uma mamata.
Anônimo disse…
Não se preocupe meu caro jornalista que essas divisões não ocorrerão tão cedo. Estudos do Ipea dão conta que o Brasil iria gastar bilhões de reais por anos a fio para manter a estrutura organizacional desses pretensos estados.
Isso é coisa de político safado, querendo se locupletar.
Pois, cada estado criado teria sua Assembléia Legislativa (mais deputados), seu Tribunal de Contas (mais conselheiros, pra quê), seu Tribunal de Justiça (mais desembargadores e juizes), mais três vagas de senadores, vagas de deputados federais, secretaria da Receita Federal, mais isto, mais aquilo e aquilo outro e quem pagaria as contas seria a Viúva, aliás, nós, o povão. Os políticos querem essas vagas para si, seus irmãos, filhos, noras, cunhados e demais afilhados. Ah, sem contar o cargo de governador, que é uma mamata.

Postagens mais visitadas deste blog

Povo esquecido e abandonado no Tapanã

A hora e a vez da pesca artesanal se materializa com o festival em Igarapé-Miri

Comportamento de vereador, candidato a prefeito, chama atenção da população do Tauá