População inunda ruas do país contra a corrupção

Todas as cidades brasileiras sediaram hoje manifestações contra a corrupção, em favor do Ministério Público e da Justiça, além palavras de ordem contra o governo petista de Dilma Rousseff. O maior alvo foi o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, para quem o povo está exigindo cadeia, além do fim do governo do PT. Em Belém, a manifestação, que começou por volta das 8h na Escadinha do Cais do Porto, subiu as avenidas Presidente Vargas, Nazaré e Doca de Souza Franco, reuniu cerca de 50 mil pessoas. Neste momento, a cidade de São Paulo está com sua manifestação em plena Avenida Paulista. No Rio de Janeiro, estima-se que mais de um milhão de pessoas tenham ocupado as ruas para exigir o fim do governo Dilma, do desemprego, da inflação e da corrupção. Na capital da República, Brasília, a manifestação encerrou com o Hino Nacional Brasileiro.
Em Fortaleza, um grupo de manifestantes petistas saiu às ruas para denunciar que as manifestações da Justiça, Ministério Público e Polícia Federal não passam de um golpe para derrubar a democracia.
Segundo o sindicalista Zé Francisco, presidente da União Geral dos Trabalhadores e da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviço dos Estados do Pará e Amapá, o país está no fundo do poço e o governo está perdido, sem controle da inflação, da economia e sem saber como fazer para sair-se da atual crise política mergulhada em um mar de corrupção.
Zé explicou que as manifestações de ontem, embora tenham tido a participação de políticos, não tem cunho partidário e que é o povo quem está no comando para exigir seja posto um ponto final na atual crise que tomou conta do Brasil.
Outro sindicalista que se fazia presente na manifestação era o ex-chefe de Polícia do Pará, João Moraes, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Pará - SINDELP. "Nós apoiamos as instituições, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e o juiz Sérgio Mouro. Esperamos que, a partir das manifestações de hoje, ocorram mudanças verdadeiras neste país", explicou o policial, que estava acompanhado de vários outros delegados e policiais civis.
Não houve registro de cenas de violência nem confrontos entre manifestantes pro-impeachment e militantes petistas favoráveis a Dilma Rousseff e Lula da Silva.