Condenado da Justiça é preso com munição e dinheiro não declarado, mas é solto sob pagamento de fiança no Acará
O grupo criminoso vem fortalecendo sua atuação no local, envolvendo o uso de balsa clandestina atracada de forma ilegal em porto privado da empresa BBF, a qual já enviou oficio à Marinha do Brasl pedindo solução no caso, mas segue sem qualquer tipo de resposta. O uso da balsa clandestina tinha como objetivo facilitar o escoamento de frutos furtados da BBF e agilizar o transporte para empresas receptadoras de frutos ilegais na região.
Porém, ontem, quarta-feira, 08, em operação ostensiva realizada pela PM no local, o grupo criminoso foi surpreendido e teve a prisão decretada.
Segundo o Boletim de Ocorrência registrado pelas autoridades policiais, um dos indivíduos presos era Wemerson Vanildo Santos Silva, que é criminoso contumaz que atua há décadas na região do Acará, condenado por extorsão e roubo qualificado (Processo 0000041-10.2016.8.14.0076 do TJPA) e teve a pena decretada de 12 anos de reclusão em regime fechado, mas permanecia solto e praticando inúmeros crimes na região.
Wemerson possui diversos registros de boletim de ocorrência referentes a invasões de propriedade da BBF, furto de dendê, agressões, disparo de arma de fogo em desfavor dos trabalhadores da empresa, sendo os mais recentes nos dias 01 e 02 de fevereiro, onde fazia parte de escolta armada de frutos roubados e agrediu violentamente trabalhadores da empresa, envolvendo a subtração de três conteiners carregados de frutos que tinha como destino final empresas receptadoras de frutos que atuam na região do Acará e Tomé-Açu (Boletins de Ocorrência 00167/2023.100158-5 e 00167/2023.100152-8).
Mesmo presos em flagrantes na operação de ontem e com inquérito policial detalhando a ação dos criminosos, o juiz Giordanno Loureiro Cavalcanti Grillo, da Vara Única do Acará, concedeu horas depois a liberdade provisória dos indivíduos e estabeleceu a fiança de um salário mínimo.
Wemerson teve pena decretada em 2016 a 12 anos de reclusão em regime fechado, mas está novamente solto, o que estimula a prática de furtos e roubos de frutos dendê. A empresa vitimada lamenta, pois, ao que parece, basta pagar um salário mínimo de fiança e poderá novamente estar andando livre e impune nas ruas. É o enriquecimento ilícito a partir do roubo e furto de dendê estimulado na decisão judicial de ontem.
Foto:
Reprodução
Comentários