Ex-ministro participa de roda de conversa na UGT-PA e defende o desenvolvimento da Amazônia para o amazônida

 É possível desenvolver a Amazônia preservando o meio ambiente? Dirigentes sindicais ligados à União Geral dos Trabalhadores do Pará – UGT/PARÁ chegaram a conclusão que, não só é possível, como é a saída para se acabar com a fome e pobreza que afetam não só os povos tradicionais, como boa parte da população dessa região rica em recursos naturais. Ou seja, apostar no desenvolvimento sustentável com a geração efetiva dos chamados “empregos verdes” (mão de obra para atuar em segmentos ambientais e de energia renovável).

O tema fez parte de uma “Roda de Conversa” realizada na sexta-feira passada, dia 10, entre os dirigentes sindicais da União Geral dos Trabalhadores do Pará – UGT/Pará o ex-deputado federal e ex-ministro da Defesa do Brasil, o escritor Aldo Rebelo. O evento se realizou no auditório da Federação das Trabalhadores no Comércio de Bens e Serviços nos Estados do Pará e Amapá - Fetracom-PA/A, na Avenida Alcindo Cacela, bairro da Concor, em Belém.

Apoiado em diversos números, Aldo Rebelo garante que o desenvolvimento sustentável da Amazônia é sim, possível.

“Existe toda uma condição de riquezas naturais nessa região fantástica que, somada aos avanços tecnológicos da atualidade, não justificam mais, de forma alguma, o jargão: ‘terra rica com um povo pobre’. A Amazônia tem que ser desenvolvida com responsabilidade e sustentabilidade para garantir empregos, renda e qualidade de vida para os homens e mulheres que nela habitam”, explicou o ex-ministro Aldo Rebelo

A “Roda de Conversa” foi um evento organizado pela central sindical para avançar nessa discussão que norteará uma série de eventos preparativos para a participação efetiva dos trabalhadores e trabalhadoras paraenses ligados à UGT-PARÁ na COP 30 (Convenção -Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) que acontecerá em 2025 em Belém do Pará.

“Nós, trabalhadores e trabalhadoras da Amazônia, temos que participar efetivamente da COP 30. Em respeito aos nossos antepassados e, principalmente, aos nossos descendentes, temos que sair da plateia e assumir a responsabilidade de sermos protagonistas, de propor e exigir políticas públicas que garantam desenvolvimento sustentável para a Amazônia, com empregos e qualidade de vida”, explica Zé Francisco, presidente da UGT-Pará, ex-deputado estadual e ex-secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos do Pará.

Ainda segundo Zé Francisco, "discutir o clima é discutir o futuro da nossa existência neste planeta e o desenvolvimento sustentável da Amazônia é fundamental  nesse processo, porém, não podemos admitir que essa discussão tenha apenas como protagonistas quem não vive e trabalha aqui. Temos que conhecer o que existe de novo em desenvolvimento sustentável. Conhecer as alternativas de empregos verdes, de geração de energia limpa. Esse é o futuro", prevê o sindicalista.


FORTALECIMENTO

Segundo Aldo rebelo, existem muitas leis e estatutos para garantirem o correto desenvolvimento da Amazônia, mas é necessário suas efetivações através do fortalecimento dos órgãos de fiscalização e de fomento.

“Existem leis e muito conhecimento na Amazônia, o Museu Paraense Emílio Goeldi é a mais antiga instituição de pesquisa do Brasil. Tem como indicar os caminhos do desenvolvimento sustentável. Porém, é fundamental colocar o ser humano como beneficiário principal, proteger os homens e mulheres da floresta é proteger o meio ambiente e garantir o futuro climático do planeta”.

O escritor concluiu, fazendo uma convocatória aos presentes:

“Vocês, sindicalistas, que são os ativistas que defendem o emprego de qualidade, têm que estar à frente dessas discussões. Precisam propor e fiscalizar o desenvolvimento sustentável da Amazônia com foco na qualidade de vida de quem vive e trabalha aqui. Afinal, a Amazônia não pode ser, como alguns querem, o jardim botânico dos ricos”, finalizou Aldo Rebelo.

Imagem: Cristina Nascimento/Ascom/UGT/PA

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