Invasores de fazendas da BBF, no Acará, continuam agindo livremente e polícia silencia
A equipe de segurança privada da BBF foi acionada e constatou que o caminhão prestava serviços aos criminosos e tinha como destino a empresa Marborges. O ponto de origem da carga furtada era a Fazenda Vera Cruz, também de propriedade da BBF.
O objetivo, segundo informado pelo condutor do caminhão, era atravessar a carga roubada a mando dos invasores quilombolas, por meio da balsa clandestina ancorada em porto privado da BBF, para concluir a entrega da carga sem chamar a atenção das autoridades policiais pelas rodovias estaduais, fato já comunicado pela BBF diversas vezes aos órgãos públicos, incluindo a Marinha do Brasil.
A empresa fez o registro em boletim de ocorrência na Delegacia do Acará e aguarda a apuração do caso (boletim de ocorrência número 00167/2023.100143-7).
No dia seguinte, 01 de fevereiro, a situação se repetiu. Porém, os invasores se fortaleceram e fizeram o trajeto em maior comboio de veículos, com 25 pessoas dentro dos veículos, com posse de armas de fogo no estilo das facções criminosas “bondão/RJ”.
Ao avistarem a equipe de segurança privada da BBF, os criminosos agiram com extrema violência, abordando e agredindo fisicamente os trabalhadores, além de subtraírem suas armas de fogo e demais pertences, como celulares, malas e uniformes. Os trabalhadores passaram por exame de corpo de delito, tendo sido constatadas diversas lesões corporais. A BBF realizou novamente o registro de ocorrência (boletim de ocorrência número 00167/2023.100152-8), na mesma delegacia do Acará, onde foi instaurado o inquérito policial pelo crime de roubo qualificado e associação criminosa armada.
O grupo criminoso foi além. No dia 02 de fevereiro, Josias Dias dos Santos (vulgo “Jota”), juntamente com seus parceiros, praticaram mais um crime de roubo de frutos de dendê, envolvendo a subtração de três conteiners carregados da BBF. Na sequência, os criminosos rasgaram todos os pneus do caminhão da prestadora de serviço que realizava o transporte para a empresa. O crime foi registrado em boletim de ocorrência número 00167/2023.100158-5.
Dentre os parceiros de “Jota” nestes crimes, está Laelson Siqueira de Souza e Wemerson Vanildo Santos Silva, ambos condenados por extorsão e roubo qualificado (Processo 0000041-10.2016.8.14.0076 do TJPA). No julgamento, Laelson e Wemerson tiveram decretada a pena de 12 anos de reclusão em regime fechado, mas continuam andando livremente e praticando os mesmos tipos de crime há mais de 10 anos.
POLÍCIA CALADA
A reportagem entrou em contato com o delegado Gustavo, da Delegacia de Polícia do Acará, por meio de whatsapp, perguntando por que Laelson Siqueira de Souza e Wemerson Vanildo Santos Silva continuam circulando livremente na cidade de Acará, a cometerem os mais diversos crimes, mas ele respondeu que as respostas só poderiam ser dadas pela Delegacia Geral. Assim, entramos em contato com a DG, via assessoria de imprensa por meio de mensagem de whatsapp, ligações e e-mails. Os endereços da assessoria constam na lista de contatos fornecida pela Agência Pará, no entanto, não houve qualquer resposta, da Polícia Civil, sobre os questionamentos. Agora, a sociedade e a empresa vitimadas aguardam uma solução dos casos. A BBF informou que segue prestando todo apoio às investigações no local.
Fotos: Reprodução
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