Dilma, um caso irreversível

Dilma Rousseff, a presidente afastada, e Michel Temer, o presidente interino, movem as baterias em busca de reverterem as situações em que se encontram. A presidente petista, afastada do cargo sob acusação de pedaladas fiscais e de manobras financeiras sem aprovação do Senado Federal, publicará carta sugerindo um plebiscito para saber se a população deseja que sejam feitas novas eleições e, ao mesmo tempo, reforçando a alegação de golpe contra a democracia. Temer, por sua vez, quer apressar a votação para o dia 25 ou 26 deste mês, a fim de tomar posse definitiva no cargo que ocupa e que finge desconhecer que não seja definitivo.
A população brasileira está pagando o pecado do erro em votar, o que, aliás, sempre aconteceu e tende a se repetir nas eleições municipais deste ano. Desemprego, inflação galopante, cesta básica com valores altos e abusivos, reajuste nas tarifas públicas de água, luz, combustíveis etc. São alguns dos maiores problemas enfrentado pelo sofrido povo brasileiro, sem se falar no descrédito nas instituições de todas as esferas.
Para completar, os movimentos sociais parecem estar completamente divididos - que não se pode negar que isso faz parte da democracia. Todavia, esse processo todo, do impeachment, a nível de Câmara dos Deputados, Senado Federal e Supremo Tribunal Federal, transcorre apenas como uma espécie de ritual, mas cujo resultado está definido: Temer ficará no poder e Dilma será defenestrada, seja pela cassação seja pela eventual renúncia da presidente afastada que, não se deve negar, se meteu numa situação irreversível pela penca de asneiras cometidas em seu governo, a corrupção na Petrobras e todos os desvios de verbas envolvendo os caciques especialmente do Partido dos Trabalhadores, a começar do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que já é réu na Operação Lava Jato.
Mas, aqui, quero lembrar que o atual governo não foi eleito pela população; é do PMDB que governou com a ditadura militar, com Sarney, Collor de Melo, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula e com Dilma, de quem tomou o poder. Por fim, mudou o governo, mas a situação do país continua caótica, com ataques do governo contra a classe menos favorecida, com ameaças de mexer no regime da Previdência Social, nas aposentadorias, no aumento da idade para se aposentar, medidas essas que não ferem os direitos de vereadores, governadores, deputados estaduais e federais; prefeitos, senadores e o próprio presidente da República, além dos ministros do STF e da magistratura, que recebem salários de marajá se comparados ao mísero salário mínimo pago à maioria da população.
Isso não é democracia; isso não é respeito à constituição que prevê igualdade para todos.

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