Sufoco sem água em Mosqueiro

Não é a ilha toda, mas, pelo menos a Vila, o bairro do Maracajá e parte do Chapéu Virado, em Mosqueiro, distrito balneário localizado a 70 quilômetros do centro da capital paraense, está sem água desde o dia 4 de julho. O veraneio 2016 foi vivido a peso de baldes de água, carretel, corda e balde nos poços, além de perfuração de poços artesianos por vários pontos da ilha.
Pior, a Cosanpa, que herdou todo o acervo do antigo Saeb (Serviço de Água e Esgoto de Belém), já mandou a conta para as casas dos consumidores que não tiveram um pingo de água em suas torneiras.
Tem muita gente em Mosqueiro que diz que não vai pagar conta de água que não recebeu; outros já até pagaram as suas contas para evitar maiores problemas.
Mas, uma coisa é certa, seja Cosanpa, seja Saeb, trata-se de um serviço público de grande utilidade. Então, seja qual o problema for, a empresa deveria ter uma segunda opção para atender ao público, e isso não aconteceu. O resultado foi que, o veranista que decidiu, mesmo diante da dificuldade, permanecer em Mosqueiro, teve de se arrumar com pedido de água para os vizinhos.
Surgiu uma história de que em julho, férias escolares, aumenta o consumo e, assim, fica difícil atender a todos com abastecimento de água. Todavia, isso não é desculpa, haja vista que a vila é um distrito balneário, pronto para o recebimento de grande fluxo de turistas durante as temporadas. Ademais, esta é a primeira vez que, liberalmente, toda a população ficou sem um pingo d'água na torneira o mês todo em todos os horários.
A culpa caiu sobre o governador Simão Jatene, sobre o prefeito Zenaldo Coutinho, que busca a reeleição, sobre os vereadores que estiveram em Mosqueiro pedindo votos daquele povo sofrido e sobre a agência distrital da Prefeitura Municipal de Belém.

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