Dias de tensão em Salinópolis

Roberto Barbosa

Quem esteve em Salinópolis durante o feriadão da Semana Santa pôde vivenciar a situação de violência que assola o município nas chamadas temporadas, com bandidos chegados ali de outros lugares, inclusive de Belém, e os locais que ali agem há tempos. Um policial rodoviário estadual que pediu para não ser identificado, disse que embora tenha sido reforçado o policiamento, houve muitas cenas de violências, inclusive com tiroteio.
Uma dessas ocorrências foi registrada bem perto da barreira da Polícia Rodoviária Estadual, mais precisamente, na entrada do ramal para o Cuiarana, quando bandidos tentaram assaltar uma família que seguia para Salinas de automóvel. Houve também disparos de arma de fogo pela cidade durante a madrugada de Quinta para Sexta-Feira Santa.
Segundo disseram policiais e moradores nativos de Salinas, quando se aproximam as temporadas ou as férias, o sossego e o encanto da cidade são quebrados em função da ação de malandros.
- Aqui tem muitos bandidos, mas eles agem mais contra as casas “engomadas”, aquelas que os donos deixam nas mãos de caseiros irresponsáveis ou simplesmente abandonadas. Esses são os daqui. Durante as temporadas, vem os bandidos perigosos, que assaltam à mão armada porque sabem que a cidade está cheia de gente e todos estão com dinheiro para gastar, - disse João José Santos, morador da Avenida Júlio César, que ouviu disparos de arma de fogo e ficou agoniado, pois estava na cidade com toda a família e convidados.
Igrejas lotaram de fiéis visitantes e moradores
Não obstante o fato de a cidade de Salinópolis ter enfrentado problemas com a marginalidade e muita chuva em todos os dias do feriado prolongado da Semana Santa, as igrejas, principalmente a de São Pedro e São Paulo, ficaram pequenas, na cidade, para receber o grande número de fiéis que foram participar dos atos litúrgicos do tríduo pascal, composto pela Missa do Lava-pés (instituição da Santa Eucaristia), Cerimônia da Paixão e Adoração da Santa Cruz e Vigília Pascal, no Sábado Santo, às 21h.
Houve muita chuva, mas isso não impediu que os fiéis católicos deixassem as igrejas. Na Sexta-Feira da Paixão, depois da celebração da Liturgia da Palavra com distribuição da Eucaristia e Adoração da Cruz, uma multidão de fiéis saiu em procissão pelas ruas do município com a imagem do Senhor Morto até à Igreja Matriz de Nossa Senhora do Socorro, na Praia do Maçarico, em pleno centro de Salinas.
Organizadores dos eventos religiosos disseram para este repórter que todos os anos as celebrações são bem concorridas no que diz respeito ao número de fiéis, pois junta-se pessoas de outras cidades que vão a Salinópolis para descansar nesses dias, com os moradores da cidade. Outro fator explicado pela organização, é que na Semana Santa, todos os templos católicos lotam de fiéis em qualquer parte do País, posto que “há católicos que são vão à igreja nesta época de Páscoa, que é a festa maior da Igreja Católica”.

SALADA
º Dezenas de motociclistas que trabalham no serviço de Moto-Táxi em Capitão-Poço estiveram visitando, desde sábado passado, a cidade de Salinópolis. O problema é que uma boa parte das motos estava sem placa. O resultado não foi legal. Na barreira, todos foram parados e houve muita confusão.
º Por causa disso, os policiais rodoviários tiveram que mandar os motoristas que já regressavam para suas cidades, tomarem a contramão, do contrário, o engarrafamento teria sido enorme na saída de Salinas.
º Houve grande engarrafamento, também, na Rodovia BR-316, mas, pelo menos, não houve mortes.
º Sebastião Cardias, acusado da morte dos irmãos Ubiraci e Uiraquitã Novelino, está enfrentando, neste momento, seu segundo julgamento, sob a presidência do juiz Moisés Flexa.
º Cardias afirmou, em depoimento, que está arrependido e só assume um dos crimes. A sentença ficou de sair ainda nesta segunda-feira.
º Este blog está de cara nova, agora com links importantes para melhor informar nossos fiéis e amigos leitores.
º Meus amigos Salete Marinho, jornalista, e Roberto Monteiro Pimentel, grande delegado de Polícia Civil e articulista da “Folha do Povo”, me ajudam no designer desta página.
º José Gomes Temporão, o Ministro da Saúde, disse que o índice de mortalidade por dengue no Estado do Rio de Janeiro ultrapassou o limite do aceitável.
º Desde quando há limite aceitável para a morte?
º Liberação, neste ano, de verbas do Programa de Aceleração do Crescimento não soou bem para o Presidente Luís Inácio Lula da Silva.
º No rádio, ontem, ele negou que tenha, esta, sido uma medida puramente eleitoreira.
º Ele vai bem dizer que seu projeto tem fins populistas.
º Águas de março e muita chuva no Estado do Pará.
º Errata: Nelson Santa Brígida, virtual candidato a prefeito do município de São João da Ponta, no Nordeste do Pará, é do PSB e não do PT como eu havia dito na última
edição.

Comentários

Anônimo disse…
Se o nosso Estado já deixa muito a desejar com relação ao turismo, esse tipo de descaso com a mais conhecida e mais estruturada estância hidromineral do Pará, ocorrendo o que consta de sua matéria, vai afugentar o turista. Afinal, quem viaja para fazer turismo, no mínimo quer segurança e condições para se deslocar. Vir de longe, principalmente aqueles do Centro-Oeste, para sofrer com a desorganização e a violência, o turista maltratado vai fazer como a D. Carlota Joaquina (em alusão aos 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil), vai bater até a poeira dos sapatos, para não mais retornar aqui. Desse jeito os perdedores somos todos nós. Dona Ana Júlia faça alguma coisa!
Anônimo disse…
Se o nosso Estado já deixa muito a desejar com relação ao turismo, esse tipo de descaso com a mais conhecida e mais estruturada estância hidromineral do Pará, ocorrendo o que consta de sua matéria, vai afugentar o turista. Afinal, quem viaja para fazer turismo, no mínimo quer segurança e condições para se deslocar. Vir de longe, principalmente aqueles do Centro-Oeste, para sofrer com a desorganização e a violência, o turista maltratado vai fazer como a D. Carlota Joaquina (em alusão aos 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil), vai bater até a poeira dos sapatos, para não mais retornar aqui. Desse jeito os perdedores somos todos nós. Dona Ana Júlia faça alguma coisa!

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