Violência & tendências

Roberto Barbosa

Uma das coisas que o jornalista verdadeiro odeia é a hipocrisia. Jamais eu começaria um artigo escrevendo “li estupefato nos jornais de hoje a opinião de uma boa parcela da sociedade brasileira que acha os métodos de tortura sem dó nem piedade viáveis como meio de se investigar um fato”. Eu prefiro escrever que li sem surpresa os dados da pesquisa que foi feita pelo Ibope, segundo a qual, 26% da população aceita os métodos de tortura.
Não se vê dizer por toda parte que a violência leva à violência? Como se pode condenar que as pessoas queiram ver criminosos torturados, se todos vivem em pânico ante tanta violência? Não existe estado de direito. É nas cidades, no campo; são vítimas pessoas comuns, anônimas, assim como juizes, promotores, artistas, gente famosa.
Vivemos numa sociedade que semeou a violência e colheu o pânico, infelizmente, praticando a cultura da morte, num momento especial em que a Igreja Católica Apostólica Romana está fazendo a Campanha da Fraternidade em defesa da vida.
Quando leio que 26% do povo apóia os métodos de tortura, me sinto forçado a pensar que esse percentual entrevistado compõe a infeliz parcela da sociedade que já se viu vítima da violência, em assaltos, na perda de entes queridos, em sua dignidade, já que bandidos não têm piedade e tiram a vida de uma pessoa como se estivesse matando um inseto que precisa ser banido do pedaço sem dó nem piedade.
Só quem está vivendo o drama da violência, vilipendiado em seus pertences, em sua dignidade, a perder pessoas que ama para desconhecidos farrapos da sociedade, é impulsionado a fomentar, pelo ódio, a violência contra os “ladrões de mão armada”, mas não os únicos propagadores desse clima emanado da má gestão de política pública de segurança; da desigualdade social; do descaso com as pessoas e o bom comum; dos “assaltos” que todos somos vítimas, porém nada mais fazemos por ver a impunidade a reinar neste País.


SALADA

º Já está nas ruas mais uma edição do jornal FOLHA DO POVO, trazendo reportagem especial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

ºmDom Orani João Tempesta benzeu a sala da Pastoral da Comunicação e entronizou a imagem de Nossa Senhora da Comunicação. O evento, que foi bastante concorrido, ocorreu na noite da última quarta-feira.

º Jornalistas começam a se mexer visando a eleição da nova diretoria do sindicato, que deve acontecer ainda neste ano.

° É mais quem faz gozação pela desclassificação do Clube do Remo da Copa do Brasil diante do Central, do Estado do Tocantins.

° Prédio que era da Corregedoria Integrada do Sistema de Segurança Pública está abrigando, desde sexta-feira passada, no Centro de Belém, a nova Seccional Urbana do Comércio.

º

CGTB-Pa e Sintclobe
homenageiam as mulheres

A Central Geral dos Trabalhadores do Brasil-CGTB-Pa. e o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Lojista do Município de Belém-Sintclobe, promoveram, à noite de sexta-feira, um coquetel festivo para as mulheres comerciárias, uma homenagem às trabalhadoras do comércio da capital referente ao Dia Internacional da Mulher que transcorreu sábado passado. O presidente da central sindical e do Sintclobe, Ribamar Santos, disse que esperava receber no mínimo 400 mulheres, para as quais seriam entregues rosas.
Ribamar disse que a homenagem ocorreu na sexta em função de que o sábado, depois do trabalho, seria para que cada trabalhadora pudesse ser homenageada por seus familiares. Falou, ainda, achar muito importante a luta da mulher trabalhadora, lembrando o fatídico dia 08 de março de 1857, quando mulheres de uma fábrica de tecelagem foram queimadas por terem entrado em greve exigindo equiparação salarial com os homens e redução da jornada de trabalho escravizante de 16 para 10 horas por dia. “Houve mortes, é bem verdade, mas as mulheres, com sua união, conseguiram o que pleiteavam. As mulheres são lutadoras e, por isso, conquistam cada vez mais espaço na sociedade”, disse Ribamar Santos.

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