Movimento irregular às pampas

Roberto Barbosa
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-
Terra – MST, que recebe muitos recursos financeiros através de organizações não-governamentais, não tem personalidade jurídica e vive numa espécie de clandestinidade oficial, já que existe e se propalou por todo o País diante dos olhos estarrecidos das pessoas que assistem, inertes, às ações de seus integrantes, algumas justas, outras dentro da criminalidade,para que as autoridades não tenham a quem punir. Dá para entender isso?
De um lado, o da ilegalidade, sim, mas de outro, do Estado de Direito, não! Por que digo isso?
Há alguns anos ocorreram, em Belém, durante os clássicos entre Remo e Paissandu, confrontos sangrentos entre as torcidas organizadas Terror Bicolor e Remoçada. O Ministério Público se movimentou com a Justiça e foi determinada a extinção das duas torcidas.
Então, foi a ação do Estado de Direito, restabelecendo a ordem. Isso deu certo? As duas torcidas deixaram de existir? Não! Mas os atos de violência diminuíram e não se ouviu mais falar nas duas torcidas, pois, se alguém aparecer dizendo que é da Remoçada ou Terror Bicolor, poderá ser preso por desobediência.
O MST é justo quando clama pela reforma agrária e pela liberação dos Planos de Assentamentos e Planos de Desenvolvimento Sustentável. Mas o mesmo MST é injusto e criminoso quando se apodera de terras alheias, seja da união ou de propriedades particulares com projetos em desenvolvimento, provocando danos ambientais e materiais, isto quando não ocorrem cenas de violências contra trabalhadores desses locais.
A irregularidade do MST é benéfica para seus principais dirigentes, que fazem uma política de guerrilha e têm grande apoio de deputados estaduais e federais em todo o País. Punir a quem, se não existe personalidade jurídica?
É o momento da ação do Estado de Direito. É do MST? Prende quando crime for cometido. Na prática, nada disso funciona.
Na era da chamada ditadura brasileira, partidos políticos de esquerda, entidades de classe, sindicatos, viviam na clandestinidade. Funcionavam, praticavam suas ações, mas, também, não tinham fórum reconhecido. Os governos militares perseguiam, prendiam, esfolavam, matavam.
Agora, nada disso acontece, mas as ações criminosas continuam. Desta feita, de forma oficiosa. As autoridades chegam, investigam, abrem inquéritos, promovem-se debates acirrados nas câmaras municipais e federal, na Justiça, mas, de ação concreta para que essas coisas acabem, não ocorre absolutamente nada.
Enquanto isso, vemos que, no Pará, quase mil pessoas já foram assassinadas nos últimos anos em função da disputa pela posse da terra. Dizem que nosso é o Estado mais violento, porém, o que foi feito, de Brasília, para que isso acabasse? Só falações, nada mais.
Aqui, de fato, há muita grilagem de terras, desmatamento, crimes de encomenda, posse de terras com documentações fantasiosas, injustiça e impunidade. É hora de começar a se punir criminosos, sejam grileiros, fazendeiros, trabalhadores rurais. Todos que usam do “contra a lei” para assegurarem seus direitos, no que se chama juridicamente de “uso arbitrário das próprias razões”.

SALADA

º Transcurso da Semana Santa e tem muito peixe nos mercados paraenses, inclusive em Marudá, onde o produto inexiste fora das temporadas.

º Os preços é que não estão lá muito católicos.

º Embora não seja oficial, as campanhas visando as prefeituras e até as câmaras de vereadores, já estão se desenvolvendo pelo interior paraense.

º Em Belém já se sabe que Duciomar Costa – que dificilmente vence as eleições, e José Priante, vão concorrer. Falta se saber quem serão os candidatos do PSDB e do PT de Ana Júlia Carepa, que, ainda que seja morno, tem bom relacionamento com o atual prefeito.

º Nelson Santa Brígida é o candidato virtual do PT no município de São João da Ponta.

º Vindo de lideranças do setor pesqueiro, Nelson é filho de família tradicional do município e já concorreu, na última eleição, ao cargo de vereador.

Comentários

Anônimo disse…
Penso que o Poder Público e a imprensa dão muito espaço para esse tipo de movimento. Temos um péssimo exemplo em nossos vizinhos colombianos, as FARC. Então é melhor agir enquanto é tempo, senão, o resultado não será nada alentador.

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