Remo agora é nanico

ROBERTO BARBOSA

O jogo entre o Clube do Remo e o Rio Branco terminou em verdadeira catástrofe para o futebol azulino, cujo clube é de tradição e já esteve entre os maiores do Brasil nos anos dourados da década de setenta. E o pior, é que o resultado, já se imaginava, mas, constatar esta realidade, não é fácil para o torcedor remista, que se sente humilhado, com a estima lá em baixo, no fundo do poço.
Inferno astral no Benão começou a partir dos desentendimentos entre o presidente do clube, Raimundo Ribeiro, e o técnico Artur Oliveira, tido pelo primeiro, como liderança negativa, já que permitiu que os jogadores treinassem apenas meio expediente, dado que, do contrário, paralisariam as atividades em função de descontentamento com a atual direção.
Na época, o Clube do Remo fazia uma grande campanha, a equipe estava afinada com o técnico que, no entanto, foi demitido. Ribeiro contratou, a bem da verdade, um técnico fraco, o qual não agradou o plantel e aí a equipe, desestimulada, começou a afundar.
A esperança dos azulinos era uma reação no sábado à tarde em Rio Branco, mas, a guerra já estava perdida e, melancolicamente, o Clube do Remo, foi defenestrado da competição, assim como da Terceira Divisão no próximo ano.
Como a CBF está criando uma Série D, para agrupar os timinhos, é possível que lá o Clube do Remo se encaixe, mas, a situação é difícil, pois, até mesmo para a série D que lembra triste e amargamente os desprezados, defenestrados, despedidos, dispensados e tantos outros adjetivos com “d”, haverá critérios técnicos a serem avaliados a partir dos campeonatos estaduais.
Neste momento, os azulinos estão de mal com o time do Remo. Raimundo Ribeiro está sendo detestado e não sabe exatamente o que fazer e fez questão de dizer isso ainda em Rio Branco no sábado à noite. Mas, a verdade é que o Rio Branco jogou. E jogou bem. Jogou pra ganhar, digno da campanha que vem fazendo neste campeonato e venceu com louvor, porque o Remo jogou mal, perdido em campo, e ainda enfrentou a perda de dois de seus jogadores, expulsos em meio ao desespero de uma tripulação afundando em alto mar, deixando para trás os anos de glória, de raça e de ostentar o orgulho de ser paraense. Que pena!

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