Toda vez é a mesma história

ROBERTO BARBOSA
Boa parte das populações não quer mais saber do que dizem os candidatos aos cargos majoritários nem proporcionais. A história deles muda apenas o personagem, porque, de resto, o papo é sempre o mesmo e isso já aborrece a todos e não convence mais ninguém.
Meu Deus! Os candidatos parece que já nem sabem mais o que falar. “Vou lutar pelo povo...”; “A população está precisando de saúde, educação, transportes...”; “Vou trabalhar para que a população tenha mais segurança...”.
Quem diz essas coisas todas são os candidatos a prefeito e os vereadores.
Como eu dizia antes, mudam apenas os personagens, o discurso, entretanto, é sempre o mesmo.
Até os marqueteiros políticos, ao que parece, não estão mais tendo idéia; tampouco, se incomodam com o português de seus candidatos, que falam tantas besteiras atropelando a língua portuguesa.
Como pode um candidato a vereador dizer que vai lutar por segurança, saúde, educação, se eles só têm o poder de formularem leis e não se vê nem uma lei que de fato traga grandes benefícios para a população, sirva para alguma coisa. Só para se ter uma idéia, um desses vereadores, aqui em Belém, quer até fazer uma lei para que a Prefeitura crie o “Dia do Vizinho”. Ora, ora! Brincadeira tem hora e limites!
MANCADA DE LULA
O presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva está deixando o eleitor belenense confundido. Ora, ele apóia dois candidatos na capital paraense, ambos, de partidos de sua sustentação no governo, mas, candidatos diferentes. Afinal, em quem o eleitor deve votar, se resolver seguir os conselhos do presidente?
E esta não é a primeira vez que Lula toma um posicionamento duplo em eleições no Pará. Na eleição para o governo do Estado, ele apoiava não apenas a atual governadora Ana Júlia Carepa, do PT, seu partido, como o então candidato do PMDB, José Benito Priante. Deu Ana Júlia.
PECADO DE ANA JÚLIA
Foi preciso que morressem dezenas de bebês para que se falasse em fazer um investimento de pompa no hospital da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. A governadora Ana Júlia, depois do escândalo, está anunciando, pela TV, que irá fazer grandes reformas e ampliações no velho hospital da Santa Luzia, no Humarizal, mas que pretende, também, investir no sentido de que as prefeituras cuidem de seus doentes, porque a superlotação nos hospitais de Belém decorre da falta de estrutura de saúde nessas cidades do interior paraense.
Isso é o que já deveria ter sido feito há muito tempo. Não haveria necessidade de morrerem tantos inocentes.
É preciso que os governos Estadual e Federal firmem, com as prefeituras, convênios de saúde para construção de hospitais e contratação de pessoal qualificado para atendimento de pequenas, médias e grandes complexidades. Só assim, os doentes poderão procurar suas curas onde residem, sem necessitar que as prefeituras façam gastos com transportes para Belém, onde, nem sempre, essas pessoas logram de sucesso e acabam falecendo, por causa do péssimo atendimento. Ficam comprometidas, assim, as saúdes de quem mora no interior e quem vive na capital, e a maioria depende do tratamento de saúde pública, porque os planos de saúde, só para rico, pois têm preços abusivos.
Também é necessário que os governos Federal e Estadual fiscalizem a aplicação desses recursos, porque, sabe-se que eles existem, mas os gestores, nem sempre, fazem a correta aplicação dessas verbas, ou por esperteza, ou por ignorância mesmo.

SALADA
° Foi linda a missa celebrada por Monsenhor Nelson Soares na Capela do Colégio Santo Antônio, no último sábado. Naquele dia, o sacerdote era homenageado pela comunidade paroquial pelo cinqüentenário de sua nomeação como pároco da Igreja de Sant’Ana da Campina.
° Ainda vou fazer um artigo falando sobre as maravilhas pronunciadas na homilia do grande e eloqüente monsenhor, hoje aposentado.
° No domingo, dois grandes momentos de religiosidade: na Paróquia de Sant’Ana, após procissão, houve missa solene em honra a São Benedito, padroeiro do município de Cametá. A festa já é uma tradição na Igreja de Sant’Ana.
° O outro momento que me reporto, é com relação à festa de São Raimundo Nonato, no Telégrafo, cuja missa de encerramento foi celebrada por Dom Orani João Tempesta juntamente com os padres Raimundo Nonato e Jaime, este, da “safra” de holandeses que há anos evangelizam a comunidade do Telégrafo.
° A lei seca está funcionando, mas, os desastres com mortes, não cessaram. Houve muitas mortes nesse final de semana recém-findo, nas estradas paraenses.

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