Empresa tem fazenda invadida por quilombolas e indígenas no Acará

Um grupo de aproximadamente 30 pessoas, atuando sob lideranças quilombolas da Amarqualta e indígenas da etnia Tembé, invadiu, na manhã desta quarta-feira, 12, a sede da fazenda Vera Cruz, propriedade privada da empresa BBF (Brasil BioFuels) no município do Acará, no nordeste do Pará, região do Alto Acará. Na ação, os criminosos roubaram frutos frescos de dendê na fazenda da companhia e ameaçaram de morte funcionários que trabalhavam no local. A área em questão possui ação de interdito proibitório desde julho de 2022 e que proíbe judicialmente a presença de quilombolas e indígenas no local. Porém, as invasões continuam acontecendo, bem como, os frequentes roubos de fruto de dendê da empresa, diariamente, desrespeitando a decisões promovidas pela justiça do Estado. Após o roubo, os invasores ameaçaram invadir as instalações do Polo Vera Cruz, com o objetivo de destruir equipamentos e maquinários da empresa, seguindo o mesmo modus operandi do ataque criminoso promovido por Paratê Tembé em abril de 2022, que teve diversos ônibus de trabalhadores incendiados e destruição de diversas áreas da sede da empresa, além de dezenas de maquinários incendiados na ação criminosa. Segundo as denúncias feitas na Delegacia de Polícia Civil de Acará, Paratê Tembé aparece constantemente em suas redes sociais promovendo fakenews contra a empresa e estimulando discursos de invasão e agressões contra a BBF e seus trabalhadores. Paratê Tembé e seu pai, Lucio Tembé, são réus em diversos processos, dentre eles o processo criminal 0000329-55.2016.8.14.0076 TJPA. Desde 2015, ambos vêm praticando os mesmos crimes desde à época da antiga empresa Biopalma, que foi adquirida pela BBF em novembro de 2020. Dentre os crimes tipificados no processo criminal acima, estão associação criminosa, furto qualificado, dano qualificado e incêndio qualificado. Existe, desta forma, uma atuação reiterada dos mesmos crimes praticados pelos mesmos indivíduos em desafavor das empresas, dos trabalhadores e das comunidades da região. Somente nesta semana, a BBF já registrou quatro boletins de ocorrência por invasões promovidas pelo mesmo grupo de criminosos, que continua agindo impune à lei e promovendo ameaças como a proferida por Joelson: "Vocês só têm duas entradas e saídas por aqui, se nos juntar e fechar as duas, vocês não têm pra onde correr, ai vocês vão ver o que é bom, já que nem a polícia tem coragem de vir aqui e nós conhecemos todos os policiais que avisa a gente!”. Os detalhes das invasões de hoje foram registrados no boletim de ocorrência 00167/2023.100527-0 na Delegacia de Polícia Civil do Acará. Os invasores foram contidos pela equipe de segurança da empresa, com o objetivo de proteger a vida de centenas de trabalhadores que atuam no local. Logo em seguida, uma guarnição da PM se dirigiu ao local para retirar os invasores. Vale ressaltar que na região de Tomé-Açu e Acará, a empresa BBF já registrou mais de 750 boletins de ocorrência noticiando os mais diversos tipos de crime, tais como roubo, furtos, incêndios criminosos, tentativas de estupro, agressões de trabalhadores, tentativas de homicídio, disparos de armas de fogo, entre outros. Porém, até o presente momento, ninguém foi preso, mesmo sendo noticiado e sabido pelas autoridades públicas que são os mesmos criminosos envolvidos nos ataques. Em nota, a BBF disse que aguarda ação rápida dos órgãos de segurança pública e que espera que as decisões judiciais sejam respeitadas. A empresa reforça acreditar no poder público e que continua com seu propósito de gerar empregos e renda no Estado e que, mesmo com a situação crítica enfrentada, segue garantindo a manutenção dos cinco mil empregos diretos e 18 mil empregos indiretos gerados no Pará. Imagens: Reprodução

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