Ética, só no léxico

Roberto Barbosa

Diante de tantas mazelas que se verifica no dia a dia do povo brasileiro, aquele que come feijão com arroz e alguma porção de mistura, quando muito, aquele que não come nada ou, quando muito papa apenas um pirão qualquer, tudo parece “normal”. A palavra ética, que deveria se mesclar com bons costumes, moral, decência, caráter, simplesmente não é posta em prática, o que já é histórico, porém, agora, passa dos limites.
Antigamente, ética, no sentido profissional, era realizar seu trabalho com decência e jamais se chamar atenção de colegas diante de outras pessoas. As coisas se resolviam com bom diálogo e o mau profissional era dispensado das funções sem ter sua imagem maculada. Isto acabou, a começar dos chefes. Em redação de jornal, nem se fala. As redações estão cheias de maus profissionais, de gente metida a besta que ainda escreve cachorro com “x” apesar de ter sentado o traseiro num banco de universidade. Uma lástima ter de dizer que ainda se encontram nesses locais, homens que não honram o registro profissional que ostentam, pois são verdadeiros crápulas, semelhantes muitas vezes aqueles homens que estão em Brasília fazendo do ilícito, o normal. Mas não é preciso ir somente a Brasília para se ver tamanho é o desmando com a coisa pública.
Agora mesmo, com o não de apenas dois membros – Arnaldo Jordy e Regina Barata -, os deputados votaram o prolongamento do recesso (férias para ser mais claro) para setenta dias. E eles ganham uma “fortuna”, se levar em conta que a grande maioria dos brasileiros trabalham feito burros de carga para ganharem miseráveis R$ 380 com vários descontos injustos, mais os impostos.
Em Brasília, Lula trabalha com mais agilidade política que seus antecessores para fazer do imoral, o melhor jeito de levar o Brasil ao progresso, daí as tantas manipulações no Senado para prorrogar a Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira – CPMF. Até mesmo o PSDB, que parecia ser contra, agora está favorável ao imposto famigerado, pois pretende eleger o sucessor de Lula em 2010.
Ali, aliás, o governo discute abertamente como resolver “problemas” de senadores que querem colocar apadrinhados em cargos da esfera federal em seus respectivos estados. Tudo isso está sendo organizado para garantir a aprovação da CPFM, sem contar os esforços para salvar o mandato do senador Renan Calheiros, denunciado por quebra do decoro parlamentar por usar supostos laranjas na compra de emissoras de rádio e jornal em Alagoas. Aliás, não deu outra, ele pediu a renovação de sua licença médica.
Está tudo sob controle...Controle de quem manda e pode.

SALADA
º O município de Belterra passou por amplo levantamento feito por técnicos do Incra, no ano passado, por solicitação da GRPU, para ver as terras que podem ser submetidas ao projeto de reforma agrária.

º Belterra, na região do Tapajós, é rico em áreas que podem servir para projetos de assentamentos da reforma agrária, sobretudo na chamada “Área da Bota”.

º Motoristas de Belém começam a ser educados para pararem quando alguém colocar o pé nas faixas para atravessar. O projeto começa pela avenida Duque de Caxias.

º Acontece que os motoristas de Belém ainda dirigem sem educação. Um amigo meu, que dirigia o carro quando eu fazia reportagem policial no “Diário do Pará”, dizi que “em Belém não existe motorista”.

° Segundo esse amigo, o que existe em Belém, é um bando de gente metida a besta que acha que porque tem carteira de habilitação, pode fazer tudo o que é proibido no trânsito.

° Aliás, a velocidade média no trânsito dentro das cidades, é de 80 quilômetros, mas os condutores querem anda com 100 ou mais por hora, daí o grande número de acidentes, muitos deles com feridos e mortos.

º Ciclista não é respeitado por motorista, mas os ciclistas também não se dão respeito, pois abusam bastante, andam contramão. Como digo no artigo acima, estamos vivendo em tempos onde o normal é o anormal.

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