Confusão a vista na Câmara Municipal de Belém

Por proposição dos vereadores Vitor Cunha, Orlando Reis, Mauro Freitas e Tiago Araújo, na próxima quinta-feira, a sessão da Câmara Municipal de Belém será dedicada ao debate sobre a anulação da convenção coletiva de trabalho para que os supermercados da capital paraense voltem a funcionar em horário integral aos domingos e feriados. O presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviço dos Estados do Pará e Amapá - Fetracom-PA/AP e da central sindical União Geral dos Trabalhadores, deputado Zé Francisco, subiu à tribuna da Assembleia Legislativa do Estado - Alepa, na manhã desta terça-feira, para criticar os vereadores que defendem a volta da abertura dos supermercados nas tardes de domingos e nos feriados em que os trabalhadores também poderiam ficar com suas famílias ou fazer o que bem entenderem, como qualquer outro profissional que tem folga nesses dias.
Zé prometeu estar na CMB com líderes sindicais e trabalhadores para protestar contra essa manobra que ele acredita, esteja partido dos empresários do ramo supermercadista do Estado.
Visivelmente irritado, Zé Francisco disse que parece que esses vereadores não gostam de trabalhadores e de comerciários. O deputado sindicalista convocou uma assembleia geral dos trabalhadores para se realizar na porta da Câmara Municipal de Belém, no exato momento em que os vereadores estiverem se preparando para a tal sessão. "Como eles estão nos desafiando, estão desafiando a lei, nós também vamos endurecer a conversa. Agora os trabalhadores vão decidir se continuam trabalhando até 14h ou se encerram os trabalhos às 12h nos domingos e feriados", disse Zé Francisco.
Segundo o parlamentar, ele não acredita que as comissões de Constituição e Justiça e de Finanças da CMB vão assinar uma anulação de convenção de trabalho, pois isso não é da competência dos vereadores de Belém nem dos deputados que integram a Alepa.
Disse ainda o parlamentar que, depois da assembleia geral, tudo é possível e que os trabalhadores, provavelmente, vão fazer manifestações. Ele lembrou que, há dois anos, os trabalhadores cruzaram os braços e fecharam todas as redes de supermercados de Belém por três dias em pleno começo das férias de julho. Indaga se os supermercadistas e os vereadores de Belém querem que aconteça novamente uma greve, a qual não está descartada se os parlamentares mirins resolverem tentar contra um benefício que já está sacramentado em favor da categoria dos trabalhadores no comércio de supermercados.

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