Literatura: "O morro dos ventos uivantes"

Único livro da escritora britânica Emily Brontë, "O Morro dos Ventos Uivantes", escrito em 1847, é o romance incrível, vivido da infância até as profundezas do infinito entre as personagens Heathcliff e Catherine. Acabei de ler e gostei muito, porque, ao contrário do que muitas pessoas falam, não se trata de uma história massante, que sai do nada para lugar algum. Ao contrário, é uma história de amor, ódio, ambição, sentimento de egoísmo e impiedade ao mesmo tempo, além do despreso pela vida, na pessoa do maior vilão e personagem central do enredo.
A história se passa na cidade inglesa de Yorkshire, mais precisamente, no Monte dos Vendavais, onde ocorrem tempestades, faz frio, tem geada, há poucos recursos de saúde, mas também, há diversão, clima fresco, perfume de flores naturais etc. É um enredo de filho de ninguém trazido da rua pelo patrão e criado como que jogado às traças, que se apaixona desde a infância. Este é Heathcliff. Um homem que não tem escrúpulo quando se trata de alcançar seus objetivos. Não tem origem, mas busca a fortuna e a consegue pelos métodos mais desonestos que se possa imaginar.
De inteligência incontestável, conquista tudo, até a propriedade dos adversários. Sofre por não ter a amada Catherine, mas acaba morrendo por ela e se enterrando ao lado de onde ela foi enterrada.
Antes de morrer, e depois de tanto ter feito Catherine sofrer, ele próprio reconhece que nada mais lhe interessa, nada mais faz sentido, não mais lhe importa; chega à conclusão de que nadou tanto para ver-se à morte na beira da praia, como se costuma dizer no Brasil.
Todo o fato é contado, com precisão de detalhes, por Ellen Dean, governanta de uma das propriedades pertencente a Heathcliff, a um inquilino que adoeceu depois de ter conhecido o dono da casa.
É uma história fantástica, de amor platônico, correspondido, mas sem final feliz. Como eu disse em artigo literário passado, voltei recente a me interessar pela leitura e amei a obra. Vale a pena ler.

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