Voo MH 370, a trágica história sem fim

O Boeing 777 da Malásia decolou para o infinito em março
O voo MH370 da Malaysia Airlines, um Boeing 777-200er, decolou do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, capital da Malásia, na madrugada do dia 8 de março com 239 pessoas a bordo e deveria chegar a Pequim

seis horas mais tarde. Cerca de 40 minutos após a decolagem, o avião desapareceu subitamente das telas do radar, num mistério que se estende desde então e abre leque para discussões, polêmicas, aparecimento de testemunhas, indagações e para o que o imaginário humano leva a um caso no mínimo estranho. Como um aparelho moderno, que pode fazer tudo sozinho, desaparece e ninguém neste mundo, com toda a tecnologia de que contamos pode nos dizer algo concreto?
Até parece a história do famoso caso do Boeing 707 cargo da Varig, o PP-VLU, que deixou o Aeroporto Internacional de Narita, no Japão, com destino a Nova Iorque, nos Estados Unidos, em janeiro de 1979 e que, simplesmente, evaporou com seis pessoas a bordo. O destino final do voo era o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Dois gigantes desaparecidos misteriosamente, de madrugada, em algum lugar dos oceanos Pacífico e Índico, tendo apenas Deus por testemunha, a exemplo do que aconteceu com a tragédia do Titanic, em 15 de abril de 1912. As diferenças estão nos números de mortos, que no luxuoso transatlântico foram mais de 1.500 e, nos dois boeings chegou a 245 pessoas.
O Boeing 707 Cargo da Varig perdeu-se no Pacífico em 1979
Não é nada comparado à tragédia ocorrida no Tenerife, Ilhas Canárias, Espanha, quando dois boeings Jumbo 747 colidiram em 27 de março de 1977 matando 583 pessoas. Mas são vidas que se perderam e que, não obstante os esforços de vários países liderados pela Austrália, não se sabe onde estão os corpos para um sepultamento dígno de cristão ou seja lá qual for a crença dessas pobres almas.
Na Malásia, familiares das vítimas se revoltam com a Malaysia Airlines e com as autoridades. Eles querem respostas, querem os corpos, e querem, também, as indenizações. Mas as indenizações só podem ser pagas a partir do momento em que o aparelho for dado como oficialmente "perdido". Isso significa que cessarão as buscas para sempre, todos os ocupantes terão expedidos seus atestados de óbitos e as seguradoras passarão a fazer os pagamentos conforme as demandas e questões jurídicas que envolvem esses imbróglios. Mas, é lógico, ninguém quer que as buscas se encerrem; nem os familiares nem a sociedade do mundo, que exige o desvendamento do mistério, repito, ocorrido em plena era da tecnologia de ponta. E já se passaram oito meses e 11 do trágico desaparecimento.

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