E a zorra vai continuar

ROBERTO BARBOSA

Os parlamentares que vivem em Brasília não criaram, na nova legislação eleitoral, um cerco claro para barrar nas eleições, os candidatos que estão encrencados com a lei, a menos que estejam definitivamente condenados, isto é, com a sentença transitada e julgada. Por isso mesmo, os ministros do Supremo Tribunal Federal, estão propensos a sepultarem, por enquanto, a idéia de esse pessoal ser barrado e não poder concorrer a cargo eletivo algum.
Isto é, tudo vai continuar como antes no país de Abrantes.
Ainda estamos para ver uma lei federal que realmente ajude bastante a população a viver melhor, esta é a verdade. Quando se trata de Brasília – não são todos, bem verdade, – os políticos sempre deixam uma brecha para se safarem de situações como esta, que deveria barrar quem está encrencado na Justiça e, se o está, é melhor ficar de fora até que as coisas sejam devidamente esclarecidas. Na teoria, uma beleza. Na prática, não.
Por isso mesmo, tem políticos em todo o Brasil que, no dia em que perderem o mandato, a imunidade parlamentar, irão parar atrás das grades, onde já deveriam estar há muito tempo, caso as leis não lhes facultassem tantos direitos em detrimento de brasileiros comuns, que não têm mandato ou coisa parecida e estão apodrecendo na cadeia, à espera da clemência da Justiça.

A CHANCE
Mesmo assim, os eleitores ainda têm a grande chance de defenestrarem esses facínoras da política brasileira. Independente de condenação ou não, retirar esse pessoal dos cargos é tarefa única do eleitor, em quem ninguém pode mandar, conduzir, pressionar. Na hora de votar, cada um é soberano para apontar quem quer ou não na política. Então, mãos à obra.
A gente pode começar a mudar o Brasil agora e terminar essa mudança nas eleições de 2010, quando serão escolhidos deputados estaduais, federais, senadores, governadores e o presidente da República. Neste momento, vamos retirar de circulação vereadores parasitas, fanfarrões vendidos, traidores, covardes, ladrões, corruptos; prefeitos com os mesmos adjetivos. Vamos começar a arrumar primeiro a nossa casa, que é a nossa cidade; depois, o quintal, que é o nosso Estado, e, depois, o restante, que é este belo país verde-amarelo, azul anil.

SALADA
°Uma boa parte dos partidos deixou para realizar suas convenções na última segunda-feira, 30 de junho. Agora, estão nas negociações para resolver a questão dos vices das prefeituras.
°Jornal “Folha do Povo” só cometeu um erro: na sua edição de sexta-feira passada, disse que o candidato apontado pelo prefeito de Barcarena, Laurival Cunha, seria Renato Ogawa. Na verdade, foi João Carlos Sobrinho. Ogawa será o vice.
°E é uma equipe pequena de jornalistas, mas, competentes. A grande imprensa cometeu mais erros ao fazer conjecturas sobre os candidatos nas mais variadas cidades da Grande Belém.
°Ver-o-Peso continua uma sujeira só. Barulho e muita gente manuseando alimentos com total falta de higiene. Será que isso já faz parte da cultura na mais famosa feira livre do Norte do Brasil?
°Ministério Público já começa a defender o marginal que matou rapaz a tiros na porta de boite. Mas, é claro, o criminoso é filho de uma promotora. Corporativismo é isso mesmo.
°Só não vejo corporativismo na minha classe de jornalista, onde cada um quer mais é desgraçar o outro. Os mais incompetentes e puxa sacos, em geral, se dão melhor.
°Perguntar não ofende. Por que os Tribunais de Justiça dos Estados, as Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas e Congresso Nacional praticamente paralisam suas atividades em julho, se seus funcionários, incluindo os mais graduados, não são estudantes e este mês é dedicado apenas às férias escolares?
°Alguém me responderia que os funcionários têm o direito de ficarem com seus filhos em férias, já que trabalham o ano todo.
°Eu questionaria novamente: e por que os filhos dos empregados de empresas privadas ou públicas também não desfrutam do mesmo direito de tirarem férias junto com seus pais que, se quiserem, são obrigados a fazerem esquemas com seus chefes para tirar férias em julho?
°Resposta: porque nem sempre querer é poder.
°Mais uma pergunta: por que esses órgãos ficam nesse mesmo clima de férias em dois períodos do ano: julho e de dezembro a março?
°Se o restante do país tiver os mesmos períodos de recesso, como é que fica?
°Isto é uma bandalheira da braba!

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