Razão não prevalece no transporte urbano

ROBERTO BARBOSA
A propósito da paralisação de ônibus da empresa Forte, ontem, em Ananindeua, estive conversando com alguns rodoviários, funcionários de uma empresa co-irmã. Me disseram que a garagem da Forte, na Rodovia Mário Covas, está cheia de veículos bons, parados. A direção da empresa aguarda que a Companhia de Transportes de Belém tome providências ou se defina, se quer os ônibus convencionais prestando o serviço coletivo urbano, ou se fica com a cooperativa de transporte alternativo, cujas vans circulam durante o dia por quase todos os trajetos, deixando os ônibus trafegando praticamente vazios, embora somente nesses sejam aceitas a meia-passagem, o passe-fácil e a gratuidade para idosos, bombeiros, policiais civis e militares, assim como para deficientes.
Segundo os rodoviários, por causa disso, a maioria das empresas tem optado pela aquisição de microônibus, desempregando, desta forma, os cobradores e aumentando a competitividade com as vans, já que aceitam todos os vales, concedem as gratuidades e, portanto, acabam compensando a perda dos empresários com o transporte alternativo, que não oferecem tais vantagens.
O grande problema, me disseram, ainda, os rodoviários, é que os empresários, por conta da concorrência com o transporte alternativo das cooperativas em Belém e Ananindeua, não estão colocando mais para rodar seus coletivos em pontos considerados perigosos altas horas da noite, tipo depois das 22h. “É represália contra a Ctbel que aceita a concorrência de empresas tradicionais com as cooperativas de vans?” Para os empresários, não! É uma forma de mostrar que o transporte tradicional tem responsabilidade e cumpre seus horários, ao passo que o transporte alternativo circula segundo as conveniências dos seus proprietários. Os ônibus circulam até meia-noite, uma hora da madrugada, independente de ter ou não passageiros a transportar.
Dizem os rodoviários ter ouvido de seus patrões, que a Ctbel não tem como obrigá-los a fazerem cumprir os horários em locais, se não faz o mesmo em relação ao transporte alternativo, para eles, totalmente irregular. Por isso, falaram, a garagem de empresas como a Forte, está com vários ônibus parados, assim, não existe prejuízo para os empresários. O prejuízo fica por conta da população, que necessita dos transportes, mas nada pode fazer enquanto a Ctbel não toma qualquer providência.

SALADA
°Já estamos nos aproximando do primeiro final de semana das férias de julho. Todavia, ainda haverá festas juninas em Belém. A turma que reclama do barulho pede, pelo amor de Deus, que a DPA e os órgãos de defesa ambiental coíbam os abusos, muito denunciados semana passada, quando o barulho foi infernal em vários bairros da cidade.
°Como sempre acontece neste mês, vários órgãos oficiais terão suas tardes de sexta-feira facultadas.
°A prática não é oficial nem legal, mas os superiores, em geral, fazem vista grossa, desde que isso não perturbe o andamento dos serviços prestados.
°Como em dias de sexta-feira à tarde soa feriado, nada, de fato, acontece.
°Perigo mesmo é dirigir pelas ruas da capital paraense na sexta-feira à noite, madrugada e noite de sábado, noite e madrugada de segunda-feira. Os motoristas irresponsáveis trafegam bêbedos, provocando toda sorte de atrocidades no trânsito.
°Talvez, com a nova lei de tolerância zero no que diz respeito a bebidas alcoólicas na direção de autos, as coisas melhorem.
°Não vai ser como da água para o vinho, mas vai diminuir a ocorrência de acidentes, gradativamente.
°Acontece nesse final de semana, em Nova Timboteua, no nordeste do Estado (Estrada de Salinas), o tradicional “Festival do Mingau”. Haverá mingau de toda espécie pela cidade e, à noite, muitas festas. O festival irá abrir o veraneio nesse município.
°O Brasil torceu, mas a taça Libertadores da América, fugiria de suas mãos em pleno Maracanã, para a LDU.
°Erro da arbitragem, importada da Argentina, e nervosismo dos jogadores na cobrança de pênaltis, levaram o malogro.
°Paciência. O Fluminense está na história.

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