A magia dos meses e das cores

ROBERTO BARBOSA

Não sei dizer se alguém já parou para pensar na magia das cores que se atravessa em nossas mentes, conforme nossos estados emocionais e os meses. Mesmo quando eu vivia em estrema pobreza, na infância e juventude, conseguia perceber em minha mente, a alegria dos tempos: no Natal/Fim de Ano, as bolas das árvores de Natal, colorido das lâmpadas, os brinquedos de Papai Noel; Carnaval, com suas máscaras super coloridas, roupas “psicodélicas”; maio com mães e o mês mariano, uma alegria só, dar o presente, ainda que simples, para mamãe; junho, com as festas juninas, quadrilhas, músicas (modinhas) de São João, fogueiras; julho, com o colorido do verão, os biquínis, pipas, balões, um festival de cores, além do entusiasmo de arrumar as malas e sair para viajar; setembro, a Semana da Pátria, o verde-amarelo das bandeiras e corrupios, as roupas de gala que os estudantes vão usar nos desfiles – um orgulho, e depois, exibir, à noite, com essas vestes.
Com exceções, pode-se dizer que muitas pessoas, independente da condição financeira, percebem o que dá um colorido, dá um realce à vida. Eu, de minha parte, tenho, ainda, tais sentimentos, embora esteja consciente de que, ao meu redor, continue vislumbrando um mundo tão desumano, de pessoas sem caráter, de dirigentes corruptos, de donos das situações, de pessoas a morrer de fome ou de outros problemas que lhes acortinam a vida e têm suas vidas acorrentadas.
Por exemplo, desses coloridos todos que falo acima, sei que percebia-os todos, mas não podia desfrutá-los como o fazem os políticos, os poderosos.
Eu, como muitos outros brasileiros que vivemos no trabalho formal, dentro do que preceitua a Lei das Consolidações do Trabalho, não temos férias como os políticos, membros do Judiciário, Ministério Público e outrem, de poder gozar de férias em julho e de um recesso que vai de dezembro a março. Esse pessoal, para quem a legislação parece ser outra, embora a Constituição Nacional diga que somos iguais perante a Lei, não vê injustiça nenhuma em folgarem até quase cinco meses no ano, enquanto os demais brasileiros têm, apenas, um mês de férias; não vêm injustiça no fato de poucos ganharem fortunas, ao passo que milhões ganham um salário de fome, hoje abaixo da linha da pobreza. Então, quem tem salários assim, não têm, realmente, como perceber o colorido da vida, despertado pelos meses, pelas festas que realçam a vida em um país festivo como é o Brasil.
Viver no Brasil de injustiças, de insegurança, de falta de saúde que leva às mortes de mais de trinta bebês em menos de um mês na Santa Casa de Misericórdia, e ainda ter sensibilidade pare sentir as cores e a alegria da vida, não é tarefa fácil. Mas, independente da existência de Judas, o projeto de Deus, que é a vida de cada um, não pode parar e deve ser vivida plenamente. Vamos embora...

SALADA
°Perguntar não ofende. Quem pode me dizer um projeto digno de apreço dos governos desenvolvidos pelo PT no Pará?
°A governadora Ana Júlia Carepa acabou com o restaurante do Estado que fornecia comida a preço módico para o povo sofrido.
°Restou o restô do Duciomar, cuja comida, além de fracionada, não dá para todos os que procuram o ambiente, em local bem distante do grande centro comercial.
°Talvez Ana Júlia retorne com o restaurante do Estado quando se aproximarem as eleições em que ela tentará se reeleger. Talvez.
°Já começa a se vislumbrar um “racha” entre o PT e o PMDB no Pará. Vamos ver no que dá.
°Estão fazendo tanto barulho com a história da tolerância zero para motoristas que tenham ingerido bebida alcoólica, mas, cadê a tolerância zero para a falta de sinalização nas estradas?
°A Rodovia BR-316 continua cheia de lombadas sem sinalização. Onde fica a responsabilidade do Estado ou da União, em caso de desastres provocados pela falta de sinalização?
°Por que o Ministério Público não entra com ação para cobrar este tipo de ação? Será que não existe interesse?
°Juiz cabra macho, outro dia, conversando com este repórter, disse que a opinião do promotor de Justiça não lhe interessa. Ele julga conforme a lei e, em muitos casos, o promotor faz o que não deve em relação aos criminosos, ora denunciados, ora absolvidos.
°Em outras palavras, disse que o promotor não é dono da razão e, por isso, como todo ser humano, também comete erros, ora incriminando gente errada, ora absolvendo verdadeiros facínoras.
°A Justiça é cega mesmo...

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