Tragédias em fim de férias no Pará




Tragédia na Estrada de Salinas que causou oito mortes no último domingo. Fotos: Alaizio Pinto

ROBERTO BARBOSA

Oficialmente, as férias terminaram no Brasil inteiro no domingo passado, mas, como as crianças e demais estudantes só retornam às salas de aula na próxima segunda-feira, então, deduz-se que as férias prolongar-se-ão até o próximo fim de semana. A Polícia Rodoviária Federal no Pará, ciente do detalhe, deve estender a operação verão até o próximo domingo.
No Brasil, os números comprovaram que a lei seca, de fato, fez com que reduzisse o número de desastres, de mortes e de feridos atendidos nos mais diversos hospitais. No Pará, constatou-se a tristeza de duas tragédias e quase trinta pessoas mortas durante o veraneio de julho. O mais recente episódio aconteceu no domingo passado, na estrada de Salinas, onde oito pessoas morreram depois da trombada de um automóvel Chevrollet Vectra zerado que ainda nem placa tinha, e um Ford Ecosport, ambos conduzidos em alta velocidade e por caminhos contrários. Teriam colidido depois de uma ultrapassagem forçada por condutor de um terceiro carro ainda não identificado.
Inspetores da Polícia Rodoviária Federal, consultados sobre o motivo de tantos acidentes num momento em que se combate com todas as forças o ato de dirigir depois de ingerir bebida alcoólica, disseram que não adianta combater o álcool se também os motoristas não diminuírem a velocidade, o que também provoca grandes e graves tragédias a exemplo do que se verificou na estrada de Salinópolis, assim como em Igarapé-Miri.
Nas estradas o que mais se notam, são motoristas dirigindo em alta velocidade e sem qualquer perícia para assim estarem. O motorista experiente, prudente e cauteloso dirige na velocidade permitida ou pouco abaixo dela. Nunca acima e nem muito abaixo, porque, conduzir devagar demais na pista de velocidade padronizada, também causa acidentes.
Outro fator apontado pelos inspetores da PRF como motivadores de desastres é a falta de condições do veículo para trafegar pelas estradas, bem como, pelas ruas das cidades. Há muitos carros que estão trafegando com documentação irregular, portanto, não licenciados nem periciados pelos departamentos estaduais de trânsito. Esses veículos têm problemas mecânicos, elétricos e trafegam com pneus carecas.
A imprudência do condutor em não observar as condições de seu veículo é outro fator preponderante para provocar acidentes.
Na segunda-feira passada, no retorno dos balneários para Belém, durante forte temporal que caiu entre os municípios de Castanhal e Santa Izabel do Pará, o que mais se viu foi carros, caminhões e carretas trafegando em alta velocidade e com manobras perigosas. Uma carreta forçou uma ultrapassagem e, por conta disso, quase jogava um Palio Wekeend para o canteiro central da Rodovia BR-316. O motorista do veículo de passeio, prudentemente, freou e buzinou, seguindo viagem com a família sem puxar discussão com o carreteiro irresponsável, que dirigia carreta da Sanave.

SALADA
° Corrida eleitoral já está alavancada. Muitos carros transitam pelas cidades com propaganda de seus candidatos.
° Já se sente um clima de festa pelas cidades e até pelas estradas. Afinal, jovens desempregados podem, nesse período, faturar um pouco por segurarem sob sol escaldante, as bandeiras dos candidatos que lhes estão empregando.
° Festa de Sant’Ana da Campina fez a alegria nas ruas do Comércio de Belém no último sábado, quando a imagem da padroeira do bairro saiu às ruas, a partir da Igreja das Mercês e seguiu até à igreja-matriz, onde ocorreu missa campal presidida pelo pároco, Padre Antonio Beltrão, com a participação de diversos sacerdotes, diáconos, leigos, além da comunidade paroquial.
° O templo, que está fechado desde 2003, foi aberto para visitação, a fim de que as pessoas pudessem ver em que pé estão as obras de restauração desenvolvidas pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico, com apoio da Universidade Federal do Pará e Governo do Estado.
° O balneário de Marudá, a exemplo de Salinas, Mosqueiro, Outeiro, entre muitos outros, esteve bastante concorrido, porém, a prefeitura não realizou nenhuma programação oficial a fim de movimentar os veranistas.
° Marudá estava com suas praias sujas. Os veranistas gostam do local, mas também continuam a reclamar do péssimo atendimento de parte dos comerciantes locais. Peixe não faltou. Havia muita gó, pratiqueira, dourada e pescada amarela, além do bandeirado, peixe muito comum na região. Preços variavam entre R$ 3,00 a R$ 8,00 o quilograma.
° De bolso cheio. É assim que estão os lancheiros que trabalham com a travessia Marudá-Algodoal-Marudá. O fluxo de veranistas para a ilha de Algodoal foi acima das expectativas.

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