Tragédias e violência marcaram o veraneio


Vinte pessoas morreram na capotagem de um ônibus que caiu sobre abismo, em Bangladedesh

ROBERTO BARBOSA
Bom, as férias se encerram hoje. Está indo embora um mês de julho que deixa um saldo trágico de mortes e de violências no trânsito, assim como na cidade, com bandidos mortos, famílias enlutadas, pessoas que tiveram enormes prejuízos por conta de roubos em casas e carros, assim como, em desastres.
Leio tristemente nos jornais de hoje, que ocorreu um novo acidente, desta feita, na Rodovia Transamazônica, onde um ônibus da Transbrasiliana subia uma ladeira pela contramão, provocando choque frontal com uma picape na qual morreram pai e filha e ainda saiu gravemente ferida, a mulher dele, grávida de três meses.
Da tragédia ocorrida na Estrada de Salinas, próximo ao município de Nova Timboteua, já surgiu a versão de que o acidente foi provocado por um jovem que conduzia Gol vermelho ao lado de uma moça. Testemunhas disseram ter visto o moço parar alguns instantes no acostamento. Ele estava “amarelo” com o que viu e sabe ter provocado por irresponsabilidade. Mas, a testemunha também afirma que houve imperícia de parte da mulher que conduzia o Vectra que, ao passar à contramão, acabou por colidir frontalmente com um Ford EcoSport. Foram oito almas perdidas de forma brutal por causa da insanidade de um condutor a fazer ultrapassagens forçadas, irresponsáveis, em local proibido. Ele se salvou com sua passageira, e como ficam os parentes das vítimas?
É mais um caso entre milhares que matam centenas de milhares de pessoas todos os anos nas estradas brasileiras.
Não sei o que aconteceu neste ano. Justamente quando se começava a aplicar a chamada “lei seca”, com tolerância zero para o álcool, e tantas pessoas morreram, tantos acidentes foram registrados.
Neste momento em que estamos a discutir o fato, percebe-se que a violência urbana e nas estradas, não tem barreiras, que seriam os mecanismos da lei. A lei existe, para ser cumprida, mas é banalizada, o que termina em mortes, termina em tragédias.

REALIDADE
Mas, o Pará viveu mais um veraneio. Quem foi curtir e voltou bem, agora, está com as forças revigoradas para reiniciar a vida normalmente. A vida parou para quem teve a infelicidade de encontrar um mal agourado destino, mas ela continua para nós, que estamos aqui, vivos, com a missão de continuar a construir um Brasil, mais justo, mais saudável, menos violento. Que essas vidas que se perderam tragicamente, seja no trânsito, seja nas mãos de bandidos – porque eu não contabilizo bandido morto (lugar de bandido é na cadeia ou no cemitério), não sejam esquecidas, não tenham tido um sofrimento em vão, mas que sirvam para a correção de erros vislumbrando uma sociedade bem melhor que esta em que vivemos. Eis a nossa missão, eis a nossa responsabilidade.

SALADA
° Manobra mal feita na Rodovia BR-316 provocou mais um acidente de proporções materiais, ontem de manhã, no retorno à capital paraense. A manobra foi praticada por um carreteiro, semelhante a um que forçou uma ultrapassagem e quase batia meu carro na segunda-feira passada.
° Polícia agiu com rapidez ao acabar com a raça de três facínoras e colocar sete outros atrás das grades. A sociedade respira mais aliviada com os criminosos mortos.
° Somente quem já foi vítima de assaltos, das humilhações que os bandidos submetem suas vítimas, é que sabem por que não se tem piedade de marginal. Eu não tenho.
° É bíblico: a ovelha negra tem de ser defenestrada para não por um rebanho a perder.
° Estou observando como a Prefeitura de Belém passou a agir rápido, transformando a cidade em verdadeiro “canteiro de obras”. Gostaria de saber por que não se fez isso nos anos anteriores.
° Ah, sim! Estamos em ano eleitoral. “Então é por isso!”
° “Folha do Povo” vem quente na próxima semana.
° A partir de amanhã, já deve aumentar o tom da campanha eleitoral visando as câmaras e prefeituras municipais. E, com o clima de eleições, vem as Olimpíadas, em Pequim. Prato cheio pra quem gosta de esportes.

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