Abusos contra crianças em casa: grave drama principalmente para as mães

NAZARÉ BARBOSA

Muito se tem falado acerca de crianças que são abusadas, sexualmente, pelos pais, enquanto as mães saem para o trabalho ou a resolver algo fora. As histórias são tantas, que não dá para fazer um aparato das tantas barbáries, a não ser casos extremos, como do alemão que manteve a filha em cativeiro por décadas, com elas fez filhos-netos e protagonizou uma das histórias mais cruéis de pedofilia que se conheceu neste início de século XXI.
O homem foi desmascarado, preso, condenado, porém, o mal que ele praticou, pela cadeia, pela forca, seja qual for o tipo de pena, não fará apagar das mentes das vítimas as humilhações sofridas, o tempo perdido. Da mesma forma, as crianças que foram abusadas pelos pais, poderão reiniciar uma vida e tentar esquecer o passado, mas isso não é tarefa fácil. Mais difícil ainda, é perdoar.
Mas, comecei a escrever este artigo, para convidar a sociedade pensar comigo, como é que uma mãe irá se dirigir aos seus filhos, especialmente as meninas, e dizer: ”filha, eu estou precisando sair; você vai ficar sozinha com seu pai, com seu irmão, com seu tio, com seu padrasto, com seu avô, com seu padrinho, etc, etc, etc. Por favor, se afaste dele. Não deixe que ele lhe toque, não deixe que ele lhe faça isso nem aquilo”.
Essa mãe, certamente, que estará prejulgando a pessoa com quem a criança irá ficar. Essa mãe, certamente que já estará alertando a criança para o perigo de estar perto de seu pai, tio, padrasto, irmão, avô, padrinho.
Essa mãe, certamente que estará, por esse motivo, agredindo a criança de alguma maneira.
Essa mãe, certamente, estará se arriscando a colocar um abismo entre pai e filha.
Essa mãe, certamente, que corre o risco de desmanchar sua união estável por conta dessa atitude e, deste modo, ser até processada por acusações do que pode ou não acontecer.
Quero dizer: como descobrir que o meu parceiro é um pedófilo, é um maníaco sexual que vai atacar a minha filha.
E aí, como é que as mães deverão agir para preservar suas filhas e, ao mesmo tempo, seus casamentos; para evitar uma desunião e até problemas com a lei?
Certo seria haver total confiança, mas como, neste mundo em que estamos vivendo ultimamente?
Que dizem as autoridades sobre essas colocações? Não dá mesmo para evitar, com firmeza, a prática de abusos sexuais dentro de casa. Dá para denunciar, sim; dá para prevenir sem ferir, sim; mas não dá para ter a certeza de que os filhos serão mesmo preservados na ausência da mãe.
Então, o melhor remédio, seria deixar as crianças sempre na companhia não apenas do pai, mas também de outras pessoas? E aí, onde fica a relação de confiança. E sabemos que tem muitos pais, homens, que são mais dedicados com as mães; verdadeiramente apaixonados pelos filhos e que nunca pensariam em fazer mal a esses. Mas, que a questão é séria, disso, ninguém pode discordar. Pensemos juntos.

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