A campanha política já começou faz tempo

ROBERTO BARBOSA

Cerca de dez anos atrás, quando minha mulher, Nazaré Sarmento Barbosa, foi candidata ao cargo de deputada estadual pelo PMDB, havia regras que não se podia quase nem respirar com relação ao início da propaganda. Ela vivia sendo advertida a tomar todos os cuidados para não ter sua candidatura impugnada, porque a lei era muito rígida com relação ao que se chamava de propaganda extemporânea. Todavia, parece que hoje as leis afrouxaram (?). Outra noite, em casa, recebemos um telefonema de um instituto de pesquisas perguntando em quem se votaria para o governo do Estado do Pará. E o órgão já citava os nomes de três pretensos candidatos.
Logicamente que um dos três personagens citados pelo órgão pesquisador, certamente, encomendou a pesquisa. Isso não parece campanha política? Isso já não é uma forma de encorajar o eleitor para este ou aquele candidato?
Tenho visto – como sempre! – outdoors pela cidade parabenizando diversos personagens por aniversários, serviços prestados ao Estado, a isso e aquilo. Isso também não é campanha eleitoral extemporânea? No mínimo, abuso de poder econômico, porque a gente sabe que nem todos os candidatos que irão aparecer tem condições de fazer um trabalho de propaganda tão poderoso ao ponto de usar outdoor. Muitos desses só dependerão exclusivamente do espaço da propaganda eleitoral gratuita e chata no rádio e televisão e que muitos aproveitam para desligar seus aparelhos, por não acreditar mais nas propostas de ninguém. Afinal, o que se tem visto, ao longo da história deste país, são personagens que fazem da política um trampolim para enriquecimento ilícito e perpetuação do poder.
E como são eles que mandam no pedaço, usam e abusam das demagogias para iludir o povo, como na história de se vetar a candidatura de quem tem ficha suja. Não passou. Lógico!
Continuo defendendo a que não se vote mais em quem já está no poder e nada fez. Acho que devemos buscar novas opções. Se vamos acertar ou não, isso, o futuro é que irá apontar, mas sempre teremos a chance de rechaçar quem não presta e, sinceramente, do jeito que está, está um horror. Não adianta mais apostar nesse grupo que está aí. Votar nesses nomes que estão há anos se locupletando na política é querer continuar pisando na lama.
Aqui no Pará estamos cheios de ratazanas que já dominaram anos há fio e querem mais e mais. Lembram daquela velha música do saudoso Alípio Martins que fala do homem “que já é presidente de tudo, e quer ser presidente do resto”? Pois é. Tem muitos desses ainda, e fazendo campanha extemporânea, enquanto as autoridades do Tribunal Regional Eleitoral e do Ministério Público Eleitoral parecem estar dormindo, porque não tomam qualquer providência. Pelo contrário, autorizam que as redes de televisão e rádio interrompam suas programações para que partidos e políticos façam dos nossos ouvidos, penico, com tantas asneiras que falam e que, se sabe, não passam de falácias, pois, quando assumem o poder, nada fazem.
Por isso pagamos caro por nossos combustíveis, não tempos porto do Espardate, não vamos ter jogos da Copa do Mundo em Belém, temos uma das cestas básicas mais caras do Brasil e continuamos a receber salários de fome. Por que não se paga salário mínimo, também, para deputados, senadores, vereadores, governadores, presidente da República, Ministério Público, Judiciário, já que a lei deveria ser igual para todos? Ferrados somos nós!

SALADA
° Moradores de Outeiro, que se sentem sofridos e abandonados pelo poder público municipal, tem esperanças de que, com a possibilidade de a estrada para Mosqueiro passe, realmente, pela ilha, faça com que o desenvolvimento chegue ao local.
° Hoje, casas, terrenos, chácaras, tudo quanto é imóvel, tem preços super baixos, fora da realidade do mercado, tudo, porque a ilha não cresceu, não progrediu, apesar de praias maravilhosas, de água doce, a cerca de 35 quilômetros do centro de Belém, com transportes populares urbanos no valor de R$ 1,70.
° Por causa dessa possibilidade da estrada varar por Outeiro, muitos já pensam em começar a super valorizar suas propriedades. Difícil, por enquanto, é encontrar pretendentes para essas propriedades.
° Na área ainda se encontram muitos terrenos com grandes e nativas árvores. Verdadeiro paraíso bem perto do centro de Belém.
° Mataram um mototaxista no interior do Estado e lhe decapitaram. Que crueldade!
° Traficantes que atuam na área do conjunto Tenoné estão matando, um a um, dos envolvidos no “depenamento” de um automóvel, no início deste ano. É acerto de contas entre bandidos, justiça com as próprias mãos.
° A violência é tão grande naquela área, que nem o padre do bairro escapou aos assaltantes, já perto de sua casa.
° A delegada Rubenita Pimentel é candidata à presidência da Associação dos Delegados de Polícia do Pará – Adepol. Ela enfrenta o ex-chefe de Polícia Luís Fernandes, além da atual diretoria, que também visa a reeleição.
° Rubenita tem planos, entre suas ações, de implementar uma política de ações educativas, inclusive em consórcio com outras entidades, para a defesa ao meio ambiente.
° Seu irmão, o delegado Roberto Pimentel, que vem lhe assessorando juridicamente, já foi presidente da Adepol.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Povo esquecido e abandonado no Tapanã

Comportamento de vereador, candidato a prefeito, chama atenção da população do Tauá

A hora e a vez da pesca artesanal se materializa com o festival em Igarapé-Miri