Lula não deixa barato

ROBERTO BARBOSA

Tempos atrás, lendo um artigo no jornal, o articulista, cujo nome não lembro – sou péssimo de me recordar nomes e datas, - falava sobre as capacidades do presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, de ser exigente, estúpido e, ao mesmo tempo, de ter carisma e ser admirado pela população brasileira, ou pelo menos, parte dela. Enquanto a intelectualidade o açoita permanentemente por não ter grande formação educacional, ele mostra que tem outros dotes e grande inteligência ao ponto de ter sido eleito presidente da República e ser reeleito com esmagadora maioria sobre José Serra.
Outro dia, Lula mandou um recado para a intelectualidade dizendo que realmente é frustrante para alguém que tem curso superior e tudo o mais ganhar um salário reles e não alcançar grandes coisas na vida por falta de competência, a mesma que ele, sem curso algum, teve para crescer e enricar. Em outras palavras, foi isso o que Lula disse em português bem ao seu estilo, debochando de seus críticos. Eu não nego que também sou um de seus críticos.
Mas não tenho inveja dele, porque não tenho inveja de qualquer político, dado que a gente conhece a estirpe dessa gente toda e sabe do que são capazes.
Na semana passada, no Evangelho, liturgia do dia, Cristo falava da parábola do homem desonesto que, ao saber que seria dispensado das funções, procurou os credores, fez uma negociação vantajosa, de forma que, no caso de se ver desempregado, certamente, que teria a quem recorrer. Cristo elogiou a esperteza para dizer ao mundo que, mesmo os desonestos, tem de saber buscar a plenitude da vida eterna. O que tudo isso tem a ver com Lula? Ora, é fácil. Ele – mesmo sem querer -, está dizendo que todos tem o mesmo direito de, com competência, buscar um mundo melhor, uma vida melhor, para si e para os outros, independente de seu grau de instrução.
Fazer o bem pode deixar uma pessoa feliz, ainda que o seja sem dinheiro, sem grandes recursos. E, no Brasil, a gente tem mesmo que buscar a felicidade com o que se tem, pois os políticos não nos deixam crescer. Por exemplo, hoje, a Secretaria de Estado de Administração informa que haverá concurso público para os níveis superior e médio. Quem escolher o nível médio poderá receber, se aprovado, o salário mínimo. Quem for aprovado com nível superior, vai ganhar um bocadinho mais, mas nada acima de dois salários mínimos. Grande vantagem, não é?
Quanto custa fazer um curso superior na atualidade?
Quanto se necessita para viver sozinho pagando aluguel, luz, água, telefone, vestuário, transporte?
Aqui é a república do salve-se quem puder, salve-se quem for mais esperto. Lula já provou que é esperto. E nós?

SALADA
° Prefeito de São João da Ponta, Nelson Santa Brígida, do PT, está enfrentando a ira da oposião, que tem “plantado” notícias difamatórias contra sua administração na grande imprensa de Belém.
° É sempre assim: quem perde o poder, passa a perseguir quem o assume, principalmente quanto o faz com a intenção de implantar mudanças que melhorem o bem viver da população.
° Conheço o Nelson há muitos anos, sei de sua competência, da sua honestidade e do seu jeito de agir e pensar.
° Enquanto o Vasco está voltando a elite do futebol, aqui no Pará, Remo continua sem divisão e o Papão não consegue sair da Terceirona.
° Bom para o São Raimundo, de Santarém, que, no próximo Parazão, vem de igual para igual a enfrentar os grandes, já na condição de campeão nacional da Série D.
° Nem bem a prefeitura de Belém inaugurou uma praça na esquina das avenidas João Paulo II e Dr. Freitas, no bairro do Marco, os pichadores entraram em ação e arrasaram com uma das placas enaltecendo a vida do patrono do logradouro público.
° E olhem que, no local, tem guarda municipal para vigiar.
° No que pesem as informações de que os juros estão mais baixos, os bancos, principalmente os privados, tem praticado taxas que esmagam o pescoço dos credores. E, consultados, os gerentes afirmam que os juros são baixos, mas que as taxas de impostos é que são caras.
° E novamente o governo é responsabilizado por essa escalada incontrolável.
° E ainda me surge uma pesquisa afirmando que, no sul do País, os ricos consomem bem menos que os pobres.
° Deve ser por isso que são ricos, porque sabem economizar e apertar o cerco quando aparecem as crises, para ganharem bem mais dinheiro. Já os pobres, que escutaram o governo mandando-os continuar a consumir, estão afundados em dívidas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Povo esquecido e abandonado no Tapanã

Comportamento de vereador, candidato a prefeito, chama atenção da população do Tauá

A hora e a vez da pesca artesanal se materializa com o festival em Igarapé-Miri