Onde está o “Estado de Direito”?

ROBERTO BARBOSA

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra – MST recebe verbas federais, tem apoio do governo Lula e pratica toda sorte de crimes sem que ninguém tome uma providência enérgica capaz de acabar com esses abusos. A Justiça do Pará está decretando a prisão dos principais líderes da facção que está invadindo fazendas produtivas e causando terrorismo no sul e sudeste do Pará, porém, eles não se importam e atacam mais e mais ainda.
Agora, até o chefe de Polícia, delegado Raimundo Benassuly, se diz apreensivo, pois foi ameaçado.
Na semana passada, pessoas ligadas ao MST invadiram fazendas, quebraram casas, expulsaram trabalhadores, tocaram fogo em imóveis e equipamentos e ainda ensaiaram fechar a Rodovia PA-150, à altura da Curva do S, em Eldorado dos Carajás, mesmo local, onde, há anos, ocorreu o que ficou conhecido como “O Massacre de Eldorado”, quando 19 sem-terra tombaram em confronto com a Polícia Militar, um caso que deu “pano pras mangas”, dada a repercussão internacional. Nem o governador do Pará à época, Almir Gabriel, escapou e foi açoitado politicamente, sendo, inclusive, ouvido pela Justiça em depoimento, na condição de testemunha, pois foi acusado de mandar desobstruir a rodovia a qualquer custo.
Fico imaginando como é que um movimento desses consegue fazer tanta devassidão sem ser molestado. Já prenderam o José Rainha, já prenderam tanta gente, mas, quando eles gritam, seus protestos ecoam bem mais, atingindo dimensões internacionais e fazendo com que o Pará pague o preço de ser um dos Estados do Norte do Brasil onde ainda morrem mais pessoas em função da disputa pela posse da terra.
Bem verdade que o governo pouco tem se lixado com a questão da reforma agrária, mas a gente sabe que nem todos os que estão no MST estão, realmente, em busca de terra para trabalhar, mas sim, de se firmarem politicamente com correntes ideológicas, sobretudo na base da força, do vandalismo, pois, o que está ocorrendo nas áreas invadidas, é vandalismo. Estão matando gado, estão destruindo propriedades produtivas, estão colocando trabalhadores para correr de suas casas sem respeitar mulheres e crianças. Isso não é coisa de gente correta, de gente trabalhadora. É coisa de vândalos, de criminosos que impõem o pânico, tanto assim, que enfrentam a Polícia, enfrentam a Justiça. E aí?
Por que o MST tem de receber verbas do governo, se o que o governo arrecada, o faze em função do esforço de toda a população brasileira?
Esse movimento tem de ser coibido. Não é questão de reprimir o direito do cidadão de reivindicar; é acabar com os abusos, com os excessos e o que essa gente está fazendo, não tem mais o controle do Estado através de suas forças de segurança. Esta é a verdade.

SALADA
° Registro, com carinho, o aniversário de meu netinho caçula, o Erison Neto. Que Deus o abençoe.
° Daqui cumprimento o companheiro jornalista Ronaldo Porto, que deu os nomes dos vereadores que estão a favor e dos que estão contra o povo no que tange ao projeto horroroso do prefeito de Belém, Duciomar Costa, de privatizar o sistema de distribuição de águas na capital paraense e que foi sepultado pela Câmara de Vereadores, depois de amplo trabalho de manobras feito pela oposição.
° Acho que quem está contra deve ser defenestrado sem dó nem piedade.
° Bolsa celular para quem está inscrito no Bolsa Família...
° Não se sabe até que ponto vai o assistencialismo de Lula no afã de eleger sua sucessora.
° Mas, estamos entre a cruz e a espada, afinal, o governo do PSDB não foi a melhor coisa que tivemos...
° Tampouco os governos da ditadura militar. Esses, idem, nem pensar.
° O menos pior foi de Itamar Franco, verdadeiro autor do Plano Real, que elegeu FHC por duas legislaturas.
° E FHC e Lula estão sempre em evidência, ambos trocando farpas. O povo não ganha nada com isso.
° Mas, para a imagem dos dois, é uma beleza. “Falem de mim. Podem até falar, mas falem, façam-me ser lembrado sempre, pelo amor de Deus”, disse, certa vez, o jornalista Mauro Bonna.
° Está bem de acordo com Lula e FHC.
° Chega nessa quinta-feira a comissão de sindicalistas que se destacou de Belém para Brasília, onde participaram da marcha pela redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas.

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