Uma tocada de mestre

Foi dada, anteontem, a largada para a campanha política. Agora, dentro dos limites previstos pela legislação eleitoral, vale tudo. Não quero, aqui, me ater a nomes, mas, vou contar a historinha de um líder político que pleiteava mandar no Estado. Ele apoiava candidato a governador, mandava no governo, dava as cartas e sempre batia, vencia o jogo ao bel prazer.
Um dia, esse político se aborreceu com o governo e ficou matutando o que poderia fazer para continuar mandando incontestavelmente. Ele pensou, pensou e, como em seu próprio partido tinha um personagem jurássico, calo seco que precisava, igualmente, ser extirpado de seu caminho, resolveu montar o seu esquema. O que faria: ele iria romper com o governo do Estado e colocar para concorrer exatamente esse seu engodo que, tinha certeza, não pontuaria jamais diante do eleitorado. Desta forma, faria crescer a outra candidatura concorrente ao governo, a da oposição, sem mover uma palha. Assim, o político, mostraria sua liderança de forma inteligente: iria se ver livre do político calo seco e, num real segundo turno entre o governador e o concorrente da oposição, o primeiro teria de ceder aos seus caprichos para receber seu apoio.
Assim, o político desenhou o seu cronograma para as eleições. Ele irá mover as cartas de forma que continue a mandar no Estado, a comandar a cabeça do eleitorado, o qual, depois, será esquecido, lógico!
A única coisa que poderá atropelar os planos desse político é a candidatura da oposição tomar corpo e vencer ao governo, mas aí, ele irá pensar noutra forma de continuar sendo o bam-bam-bam. O rolo compressor que ele teme, mesmo, é a lei da “Ficha Limpa”, que poderá defenestrá-lo para sempre, pelo bem e felicidade de todos.

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