Clima eleitoral pega fogo em toda parte
Jader Barbalho é julgado como ficha suja pelos ministros do TSE em Brasília
ROBERTO BARBOSA
Não é só o Estado do Pará que está enfrentando o problema de queimadas e desmatamentos. Em todo o País está ocorrendo verdadeira convulsão nacional, principalmente, pelo acirramento do debate político, quando são reforçadas as denúncias dos candidatos opostos. É por isso que a candidata de Lula, Dilma Rousseff, foi jogada na berlinda por seu principal adversário, o ex-governador de São Paulo e tucano José Serra, cuja filha foi vítima de quebra de sigilo fiscal, prato cheio para os tucanos que estão com mais de 10% de diferença na preferência dos eleitores em relação à petista. No Pará, Jader Barbalho ainda vai se aproveitar politicamente da situação de ser derrubado como “ficha suja” pelo Tribunal Superior Eleitoral, que reformulou a decisão do TRE de perdoá-lo e lhe assegurar continuar na campanha para uma vaga de senador da República.
Quando Jader foi levado preso e algemado e liberado pela Justiça de madrugada, foi o suficiente para transformar essa derrota em grande vitória nas urnas, elegendo-se deputado federal mais votado do Pará. Ele se reelegeu e agora quer ser senador.
Como a decisão do TSE não é final, ele ainda vai recorrer ao STE, onde a maioria dos ministros acha a lei da Ficha Limpa inconstitucional. Provavelmente, irá ganhar.
De qualquer maneira, o julgamento da noite de ontem, pode servir de base para que os eleitores se decidam se querem ou não continuar elegendo Jader, uma tradição do PMDB do Pará que já ocupou a presidência do Senado e dois ministérios, além de ter sido por duas vezes governador do Estado. Estes, são fatos, como o são, também, que ele responde na Justiça Federal por diversos crimes, inclusive de desvio de verbas da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, o que lhe custou o mandato de senador e que, agora, o coloca fora das eleições se a lei for levada ao pé da letra pelos juristas brasileiros que estarão na suprema corte do País, onde será julgado o recurso interposto por seus advogados, contra a decisão tomada ontem à noite pelo TSE.

O fim do Jornal do Brasil

Prezados, não tenho quase atualizado este meu espaço, minha tribuna, em função de outros compromissos profissionais na assessoria de comunicação social da União Geral dos Trabalhadores, no Jornal Popular e no Jornal O Liberal, além de sérios problemas de saúde que tenho enfrentado nos últimos dias e que me tiram do sério e do páreo. Mas não posso deixar de fazer o registro do fim de mais um dos “meus” jornais, o Jornal do Brasil, pelo qual sempre tive grande apreço e carinho ao tomar uma edição, que li nos meus tempos de início de jornalismo, assim como a bordo de aviões cruzando os céus do Brasil. Aliás, que nessas aeronaves, também pude ouvir o serviço de bordo, muito bom, por sinal, da JB FM na rádio Varig.
Nesses meus 31 anos de jornalismo, vi nascerem e morrerem jornais. Como disse Miriam Leitão, morrem jornais, não o jornalismo, mas, me causou uma dor de coração, de saudades mesmo, saber do fim do Jornal do Brasil.
Lembro que quando contava 17 anos, início de carreira, ano de 1979, tinha grande satisfação de ir de ônibus do Telégrafo ao centro de Belém para comprar os jornais. O Jornal do Brasil me encantava, principalmente por causa de sua “Revista de Domingo”, algo inovador na época. Em Belém, os jornais circulavam em preto e branco. Já nos anos 90, o JB deixou de vir para Belém. Eu já só o pegava quando alguém ia ao Rio, Brasília ou São Paulo, ou eu mesmo nessas viagens profissionais.
O Jornal do Brasil fez a história no empreendimento editorial e jornalístico. Falido, o jornal perdeu peso editorial e já nem circulava mais por toda a capital carioca. No subúrbio era difícil encontrar um exemplar nas bancas. Era mais no centro. Sua direção partiu para o jornal online e deu uma série de desculpas que, embora tenham consistência, buscam, na verdade, esconder o fato real: não há mais suporte financeiro para manter a edição impressa, assim como não teve mais para “A Província do Pará” – um dos melhores jornais que o Pará já teve -, “O Estado do Pará”, “A Folha do Norte”, “Folha do Povo”, “Folha da Tarde”, “Folha de Ananindeua”, “Chamada Geral”, “Meio Dia”, “Folha do Povo”, “Diário da Noite” e assim por diante. Os jornais estão, de fato, se acabando.
Esta história de dizer, entretanto, que o jornal impresso vai sucumbir de vez, isso, não dá para acreditar. O telefone de fio continua, assim como o rádio, o telégrafo, todos, sempre em fase de modernização, de adequação às novas tecnologias. O Jornal do Brasil deixou de circular com a moral de ter abrigado nomes como Rui Barbosa, Clarice Linspector e tantos outros intelectuais que fizeram história na literatura e jornalismo brasileiros.

 
“Cassaram a candidatura do Jader Barbalho.”
* Gabriel Camarão, sindicalista, sobre a decisão do STE de reformar a decisão do TRE-Pará, que liberou o deputado Jader Barbalho para continuar em campanha objetivando eleger-se senador da República pelo Pará.
Belém-Pará, quinta-feira, 02 de setembro de 2010
Chegada, em Belo Horizonte, da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré para o Círio de Minas, que vai acontecer nesse fim de semana
- Dia do Florista
- Dia da Classe Trabalhista
- Dia do Pastor Evangélico
- Dia do Repórter Fotográfico e Cinematográfico
- Aniversário de Victor Fasano
- Aniversário de Oscar Magrini
- Aniversário de Hans-Joachim Koellreuter
- Aniversário de Salma Hayek
- Aniversário de Keanu Reeves
- Aniversário de Arnaldo Antunes (1960)
- Morte do Barão Pierre de Coubertin, inventor dos Jogos Olímpicos modernos (1937)
- Ouro Preto é declarada Patrimônio da Humanidade
- Rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial
Santo do dia
- Santa Dorotéia

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