Blitz, já era

Roberto Barbosa

Está na hora de o Sistema de Segurança Pública do Estado do Pará trabalhar com o que se chama de “inteligência”. Inteligência no sentido estrito da palavra e no modus-operandi.
Aquele velho método de se fazer patrulhões aos finais de semana, colocando dezenas de homens em pontos estratégicos, mais a cavalaria da Polícia Militar e toda aquela parafernália, ainda tem um impacto importante.
Acredito que este tipo de atividade ainda vale à pena. Mas, aquelas blitze em locais incertos, isso já não funciona mais.
E vou mais além: é necessário seja montada uma operação de inteligência, com homens e viaturas descaracterizados nos pontos mais críticos da cidade, para um levantamento acurado. É a investigação. É assim que trabalha a Polícia Federal e as polícias de diversos estados e países. Quando a investigação está concluída, são pedidas, à Justiça, as prisões de quem as merece e, então, é feito o cerco e marginais não têm para onde correr.
No caso do bairro da Terra Firme, por exemplo, seria importante chamar um delegado e o colocar para fazer tais levantamentos, com um prazo determinado. Ao final desse prazo, este trabalho deveria estar concluído e com resultados benéficos para a população, que paga os impostos e, por conseguinte, os salários dos policiais, agentes da lei cuja missão é dar segurança aos cidadãos. Se o delegado em questão viesse a falhar, seria, então, substituído e posto em cargo burocrático, sem D.A.S.
Fazer blitze, apenas, não dá resultado. O vagabundo é malandro. Ele sabe se sair e informar aos parceiros o que está ocorrendo. Resultado: ninguém vai preso. Acontece apenas aquele impacto, a Polícia está nas ruas trabalhando, mas a violência, não cessa.
Assim, um trabalho de inteligência, é o primeiro passo para se dar combate, realmente, à violência e à marginalidade.

SALADA

º Acontece nos bastidores da Polícia Civil do Pará, uma disseminação de boatos e puxamento de tapetes com fulcro de tumultuar a escolha do novo chefe da instituição, a ser nomeado pela governador Ana Júlia Carepa.

° Comenta-se que um ex-delegado geral, da época em que o cargo atual era de coordenador, estaria por trás desse “disse me disse” que está deixando a todos tontos.

º A pergunta que não quer calar nos corredores da instituição é: “quem será o próximo delegado geral?”

º Fala-se que o cargo deverá ser ocupado, pela primeira vez, por uma mulher.

º O ex-delegado-geral Raimundo Benassuli deverá assumir uma cadeira no Conselho Superior de Segurança Pública, cargo ocupado por seu antecessor, o delegado Luiz Fernandes.

º Uma missa solene marcou os três anos de apostolado de Dom Orani João Tempesta à frente da Arquidiocese de Belém. O evento, que contou com o coral da Sé, foi realizado no sábado, às 9h, na Catedral de Nossa Senhora do Carmo.

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