CARTA: “Cultura inútil”
Venho através deste blog extravasar a minha indignação (e com toda razão) a respeito do projeto de lei, proposto pela Câmara Municipal de Belém, que reconhece como patrimônio cultural de Belém as tradicionais aparelhagens de som. Desculpe-me pelas palavras, mas só se elas (as aparelhagens) forem patrimônio cultural de natureza imoral, de sujidade.
Infelizmente, essa turma que acompanha quase que religiosamente essas aparelhagens, despreza o luxo pelo lixo, aqueles que preferem a chamada “cultura inútil”, como frisou muito bem este blog na terça-feira, 04, sob o título “Cultura está esquecida”.
Pois bem, assim como tem gente que compra disco só por causa da beleza da capa, também tem gente que vai atrás dessas “monstruosidades” só por causa de todo aquele aparato por trás do fragor.
Expulsemos completamente dos limites da terra todas essas aparelhagens, essa cultura pandemônio que se alimenta e sobrevive à custa dos desprovidos de discernimento. E o pior é que esse som acaba invadindo nossos lares, mesmo que não queiramos.
Sendo assim, bem que o Legislativo deveria reconhecer também como patrimônio cultural de Belém, a Ponte do Galo, o Beco do Zé Buduia, o Beco do Relógio (e outros demais becos da vida), os “inferninhos” da 1º de Março e adjacências, o famigerado “Caldeirão do Alan”, o Lixão do Aurá, as sombrias matas da Ceasa, a Rua Mucajás, a invasão do Riacho Doce e a invasão do Pantanal. Seriam louvações merecidas.
A máxima de Nelson Rodrigues de que toda unanimidade é burra não se aplica nesse caso específico, porque todos, sem exceção, saem ganhando: os próprios donos, empresários de shows e dos bailes, os caciques das rádios, os programadores, enfim - todos ganham dinheiro. E como ganham.
Vamos fazer em romaria um abaixo a essas porcarias de cultura genocida. Que tal? A música não precisa dar assistência a todo esse ruído excessivo proveniente de aparelhagens.
Alex Contente,
Bairro da Cremação, Belém-Pa.
N.R. As cartas devem ser enviadas com endereço e contato telefônico para averiguações para o e-mail robertonatalinobarbosa@gmail.com
Infelizmente, essa turma que acompanha quase que religiosamente essas aparelhagens, despreza o luxo pelo lixo, aqueles que preferem a chamada “cultura inútil”, como frisou muito bem este blog na terça-feira, 04, sob o título “Cultura está esquecida”.
Pois bem, assim como tem gente que compra disco só por causa da beleza da capa, também tem gente que vai atrás dessas “monstruosidades” só por causa de todo aquele aparato por trás do fragor.
Expulsemos completamente dos limites da terra todas essas aparelhagens, essa cultura pandemônio que se alimenta e sobrevive à custa dos desprovidos de discernimento. E o pior é que esse som acaba invadindo nossos lares, mesmo que não queiramos.
Sendo assim, bem que o Legislativo deveria reconhecer também como patrimônio cultural de Belém, a Ponte do Galo, o Beco do Zé Buduia, o Beco do Relógio (e outros demais becos da vida), os “inferninhos” da 1º de Março e adjacências, o famigerado “Caldeirão do Alan”, o Lixão do Aurá, as sombrias matas da Ceasa, a Rua Mucajás, a invasão do Riacho Doce e a invasão do Pantanal. Seriam louvações merecidas.
A máxima de Nelson Rodrigues de que toda unanimidade é burra não se aplica nesse caso específico, porque todos, sem exceção, saem ganhando: os próprios donos, empresários de shows e dos bailes, os caciques das rádios, os programadores, enfim - todos ganham dinheiro. E como ganham.
Vamos fazer em romaria um abaixo a essas porcarias de cultura genocida. Que tal? A música não precisa dar assistência a todo esse ruído excessivo proveniente de aparelhagens.
Alex Contente,
Bairro da Cremação, Belém-Pa.
N.R. As cartas devem ser enviadas com endereço e contato telefônico para averiguações para o e-mail robertonatalinobarbosa@gmail.com
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