O Golpe de Chávez

Roberto Barbosa

A libertação de mãe e filha pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) abre dois precedentes. O primeiro é que, se duas reféns foram libertadas, outras dezenas podem do mesmo jeito e a organização, tida como terrorista, não perderá seu poder, dado que está intrinsicamente ligada ao crime organizado, o narcotráfico propriamente dito. Isto é um fato.
O segundo ponto e aqui reside o perigo, é quanto à fortificação do presidente da Venezuela Hugo Chávez no cenário político da América Latina, ele que, claro, é um ditador com amplos poderes, grande inteligência e ambições que ultrapassam as barreiras de seu país.
George W. Bush, o presidente dos Estados Unidos, é inimigo declarado do venezuelano que se autodenomina um discípulo da revolução bolivariana e vive o tempo todo a amaldiçoar o governo norte-americano, em clara afronta e exibição de força, poder e total independência, isto é, um rebarbado contra o poderio do governo dos EUA.
Chávez vem alardeando – e a imprensa latina tem sido sua cúmplice –, que teve papel fundamental nas negociações com os terroristas das Farc no sentido de que as duas reféns fossem libertadas. O presidente da Venezuela, praticamente com seu ato, mostra uma intervenção na Colômbia, onde o governo encontra-se verdadeiramente fragilizado, ante a fraqueza em enfrentar os rebeldes que têm grande cobertura financeira a partir do tráfico de cocaína.
Destarte, Chávez vem conseguindo cada vez mais, se impor como ditador com pano de estadista, num papel que poderia ter sido desempenhado pelo governo brasileiro por ser nosso país um dos líderes da América do Sul não apenas cultural, como econômica e políticamente. Lula, desta vez, dançou, e com ele, todo o povo brasileiro, pois não se fala em outra coisa que não a libertação das reféns de tantos anos das Farc pela mal i n t e n c i o n a d a intervenção do presidente venezuelano.
Gracias!

SALADA

º Condenação dos estádios de futebol do Pará para os jogos do Parazão serve para mostrar os anos de administrações infelizes à frente dos clubes paraenses que, agora, estão sem condições financeiras.

º Jogos todos para o Mangueirão vão acabar com o estádio.

º Mas, no final das contas, as coisas se acertam e tudo fica como sempre.

º Já faz parte da cultura do Brasil. Se um dia mudar, não parecerá mais o “Brasil”.

º MRN deve abrir concorrência para agências de propaganda e assessoria de imprensa.

º Alguns candidatos à reeleição para prefeitos no Estado do Pará vão concorrer sabendo que já estão descartados pelo povão, pois passaram toda a administração sem dizer para o que vieram.

º Dois desses estão na Zona Metropolitana.

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