Rodoviário aposentado passa vexame

Roberto Barbosa

O senhor Edmilson dos Santos Gonçalves, paraense, casado, 58 anos, motorista aposentado, residente na passagem Teixeira, 269b, no bairro da Cremação, procurou a Seccional Urbana da Cremação para registrar queixa contra a gerente de relacionamento da Caixa Econômica Federal, agência Museu Emílio Goeldi, Marivalda de Sousa Araújo Tenório. Ele acusa a bancária de tê-lo submetido ao crime de constrangimento ilegal e, a CEF, de ter dado sumiço em dinheiro por ele depositado no caixa eletrônico, no dia 21 de dezembro passado, às 11h13.
Edmilson contou na Polícia, que se dirigiu à referida agência, para depositar em sua conta poupança, a importância de R$ 2.300,00 em dois envelopes, um, contendo R$ 2 mil e outro, R$ 300, dinheiro este que conferiu e reconferiu várias vezes diante de uma funcionária do caixa eletrônico.
Depois do depósito, Edmilson foi para casa, onde recebeu uma ligação da agência da CEF, informando-lhe que em um dos envelopes havia apenas a quantia de R$ 1.900,00, o que o reclamante não tolerou, dirigindo-se, portanto, ao banco, para dizer que quer o seu dinheiro. Na ocasião, afirma o cliente bancário, Marivalda lhe disse que ele estava “enchendo o saco” (sic) e que não depositou o que dizia. Em seguida, falou que tudo estava filmado. Assim, ele poderia procurar por seus direitos. “Ela me disse isso com deboche, atirando sobre a mesa, o seu cartão de visitas, e que eu poderia, doravante, procurar meus direitos. Ora, se tem filmagem do que eu depositei, também tem a filmagem que eu conferi meu dinheiro antes de depositar. Tanto estou certo que a dona Marivalda desapareceu para não assinar a ocorrência de queixa no banco, o que foi feito por outro gerente, o que me dá o direito de recorrer contra o banco e contra ela”, disse Edmilson, que depois foi à Polícia Civil formalizar a queixa.
Na manhã de ontem, Edmilson e Marivalda foram ouvidos pelo delegado José Maria, na Seccional Urbana de São Braz, oportunidade, em que ela declarou ter sido agredida pelo filho do rodoviário, inclusive, “que a agressão só não fora consumada porque ele (Edmilson) puxou o rapaz”, o que o rodoviário diz ser mentira, dado que o jovem apenas pediu a ela que respeitasse seu pai, a quem acusou de estar enchendo o saco. “Eu só quero os meus direitos. As câmeras irão mostrar quem está falando a verdade e que meu filho não agrediu essa senhora. Ela é que faltou com a educação e o respeito para com minha pessoa”, finalizou.

Não é o primeiro

Muitos casos semelhantes já foram registrados sem que quaisquer providências fossem tomadas favoravelmente aos clientes. Lembro do caso de um rapaz, cerca de 25 anos atrás, que depositara uma quantia em dinheiro na antiga Caderneta de Poupança Socilar, cujo dinheiro desapareceu. O caixa encarregado do depósito debochou do cliente que, por ser jovem e desinformado à época, acabou ficando no prejuízo e o ladrão, impune. Provavelmente, o próprio caixa fez a jogada. Na época não havia informática e, muito menos, internet. Era tudo manual.

SALADA

º Ano-Novo, Brasil velho. Feliz daquele que conseguir sobreviver às artimanhas dos homens do poder que beneficiam poucos e esmagam sem piedade milhões.

º A classe política, como um todo, por isso mesmo, é desmoralizada. No que tange tantos escândalos, eles continuam aparecendo na mídia fazendo média.

º A cara de pau já faz parte da cultura do político brasileiro: corrupto, demagogo e sem palavra. Desses, o Pará está cheio.

º Recentemente foi citado o caso da lei contra a infidelidade partidária, através da qual um vereador teve o mandato cassado.

º Muito justo e digno. Mais digno e justo ainda, seria se este tipo de decisão judicial atingisse deputados e senadores, apesar de que nas câmaras municipais não falta pulhas.

º A patifaria começa pelos municípios.

º Início do ano, cai o pano.

º Está na hora de chorar pelas burradas feitas com compras demasiadas, desperdícios indevidos. O jeito, agora, é honrar os compromissos ou cair nas garras dos agentes que “emprestam dinheiro”.

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