O Brasil não é de todos nós

Roberto Barbosa

“Manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
Eu prefiro começar este artigo na outra linha com letra maiúscula, porque esse ditado – dito popular – é usado por puxa-saco, baba-ovo, esse tipo de ser abominável em qualquer setor, mas que existe e sempre existirá. Temos que perceber quem é e se livrar de suas armadilhas, porque trata-se de pessoa nociva a qualquer ambiente.
O que isso tudo tem a ver com o título deste artigo? Tudo.
A coluna “Informe JB” de hoje trás uma nota dividida em três blocos bastante interessante. Trata do uso indevido dos aviões da Força Aérea Brasileira por ministros e convidados especiais nos anos de 2006 e 2007, exatamente no auge do que ficou conhecido no Brasil como “apagão aéreo”, que deixou centenas de milhares de brasileiros em má situação por causa do atraso ou cancelamento de vôos, motivados por várias peças, como incompetência do governo em gerenciar os aeroportos, além da falência da Varig, que, certamente, cooperou decisivamente para o caos, dado que as demais companhias, até hoje, nunca chegaram aos pés da tradicional linha aérea brasileira que tinha padrão internacional e era um dos orgulhos do Brasil, o que é verdade e precisa ser dito.
Militares da FAB não poderiam mandar. Somente obedecer. Receberam ordens não sei de quem e levaram para suas cidades natais ou para paraísos como Fernando de Noronha, em viagens não oficiais, não programadas em agendas, ministros do Governo Lula e seus convidados. Foram passeios de luxo, em primeira classe, e a custos que não se sabe o valor, muito menos quem pagou, nos aviões da Força Aérea.
Enquanto esses privilegiados donos do Brasil – que mandam e podem fazer o que bem entender – viajavam sem enfrentar o “apagão aéreo” nos aeroportos do País, os civis usuários do transporte aéreo normal padeciam as agruras do descaso, enfrentando filas e ficando muitas vezes até 24 horas dormindo pelos corredores dos aeroportos, em total desconforto, algumas vezes com crianças, etc. Um acinte contra a população, saber-se que aviões da FAB eram utilizados, eu diria criminosamente, em favor de uns poucos privilegiados.
Parece mesmo que o Brasil não pertence a todos os brasileiros!

SALADA

º Vários trechos da rodovia PA-150, que interliga o Estado com a capital através da Alça Viária, estão praticamente intrafegáveis.

º A má conservação da pista de rolamento não apenas faz com que as viagens sejam desagradáveis, como perigosas em todos os sentidos: pelo desconforto, pela quebra do veículo, e pela facilitação para ação de assaltantes que vivem à espreita.

º Situação em Tailândia é caótica. O comércio está parado porque, sem o funcionamento da indústria madeireira, não há moeda circulando.

º Autoridades ambientais culpam madeireiros de cortarem a floresta Amazônica ilegalmente. No entanto, as autoridades esquecem que a região foi povoada por incentivo do governo federal na era militar, que queria o Brasil todo ocupado por brasileiros.

º Como essa gente iria sobreviver?

º Bem o disse o prefeito de Tailândia, Paulo Jasper, o Macarrão, que falta o governo definir políticas públicas de geração de emprego e renda para as pessoas que hoje vivem do extrativismo vegetal. Do contrário, as ações das autoridades irão continuar, mas, em paralelo, também a devastação da Amazônia, um risco em potencial para todos.

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Fala Roberto, teu blog tá bombando.

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